Tarde e a más horas a coligação de direita concorrente às eleições legislativa sob a sigla PAF (que suponho querer dizer "Pote à Frente") liderada pelo caloteiro assumido que responde pelo nome de Passos Coelho (agora também conhecido internacionalmente como aldrabão) e pelo malabarista Paulo Portas (mundialmente conhecido como o inventor das decisões irrevogáveis de curtíssima duração) acabou por dar à luz um pretenso programa eleitoral a que deram o título de "Agora Portugal Pode Mais".
Das duas uma: ou a coligação encarou o título como mais uma piada entre as muitas que o documento contém a ponto de se poder considerar que o dito programa não passa de um repositório de piadas e de indecifráveis charadas; ou então não houve o cuidado de evitar que no título pousasse uma "gralha" bem irritante como é próprio de qualquer gralha que se preze. Na verdade, sabendo-se que a dívida pública durante a actual legislatura conduzida pelos dois citados meliamantes (neologismo com o significado de amantes de mel) saltou de cerca de 96% do PIB para 130%, é óbvio que Portugal, agora, não pode mais, precisamente porque deve mais. É dos livros e a experiência confirma que quem deve mais, menos poder tem.
Se, alertada para o equivoco do título ("gralha" ou piada), a coligação não enxotar a "gralha", então forçoso é concluir que houve a intenção de fazer do título mais uma piada. De mau gosto.
(post reidtado e republicado)
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