domingo, 7 de setembro de 2008

Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma

O tão esperado discurso de rentrée de Manuela Ferreira Leite é a prova acabada de que a nova presidente do PSD nada tem de novo para apresentar ao país em matéria de governação, o que nos leva a concluir, como já o fizemos em anteriores comentários, que o silêncio que tem alimentado não é, afinal, nenhuma estratégia inteligente, mas apenas e tão só um sinal do vazio de ideias.
Para quem ainda tinha esperança de que dali pudesse surgir algo de novo, bem pode esperar sentado, que sentado permanecerá.
Perante a vacuidade do seu discurso até admira que alguns dos seus apoiantes, como Pacheco Pereira ou Marcelo Rebelo de Sousa (tidos como intelectuais do partido) continuem solidários com Manuela Ferreira Leite, pois tudo indica que com ela na liderança, bem pode o PS estar descansado que dali oposição séria não virá.
Este discurso não afastou, seguramente, a incomodidade o desconforto com a liderança que já grassa entre os militantes do PSD. Pelo contrário, tais sentimentos ganharam novo alento, julgo eu.
ADENDA: Entretanto, o PS, pela voz de Vitalino Canas acusa Ferreira Leite de ser "incapaz" de apresentar propostas alternativas. É o caso, infelizmente.

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