sábado, 15 de outubro de 2011

O pecado original

"O ciclo de austeridade, logo recessão, logo mais austeridade não para. Foram anunciados cortes de 15% a 40% em salários e pensões, mas não vão chegar".
Isto na Grécia, segundo uma peça assinada por Micael Pereira na edição do "Expresso" de hoje".
Em Portugal não vai ser diferente, visto que a receita é a mesma e, sendo a mesma, vamos entrar no mesmo ciclo infernal : "austeridade, recessão, mais austeridade". Nem é preciso ser adivinho, pois a conclusão já está à vista. Não faltam especialistas por aí a garantir que em 2012, com as medidas deste (des)Governo vamos assistir a uma queda do PIB entre 4% a 5% e o próprio (des)Governo já deu a entender que a queda vai ser bem mais acentuada do que a constante das suas previsões. É fatal como o destino. Nestas condições, estou para ver onde é que Coelho, Gaspar, Portas & Cª vão desencantar receita para fazer face à despesa (mesmo com todos os cortes na função pública e nas pensões) de forma a alcançar a consolidação das contas públicas para cumprir as exigências da "troika".
Chamo aqui a "troika", porque convém lembrar aos (des)governantes e a todos nós, os (des)governados (uns de bom grado e outros, onde me incluo, muito pelo contrário) que a "troika" chegou a Portugal, graças ao chumbo do PEC IV e é aqui que reside o pecado original imputável aos partidos no poder (PSD e CDS), mas também ao PCP e ao Bloco de Esquerda*. 
E não falo em "pecado original" como figura de estilo. É que, a partir do chumbo do PEC, não se verificou apenas a vinda da "troika". Todos os indicadores da economia portuguesa se agravaram. E, pela lógica do "ciclo infernal", mais se vão agravar. Só não sei até onde se chegará. A bom porto não é de certeza!

(*Liderados, respectivamente, pelo Jerónimo e pelo Louçã que me saíram dois bons "artolas", para não lhes chamar outra coisa. Queixam-se agora da política deste (des)Governo. Estavam à espera de quê, quando votaram em conjunto com a direita? Estariam à espera que o senhor Coelho os convidasse para o Governo? De facto, bem o mereciam, mas o senhor Coelho esqueceu-se do favor. Um ingrato!)


(Imagem daqui)

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