(Para ampliar, clicar sobre as imagens)
Não sei se a expressão que figura em título faz parte do adagiário português, mas se não faz, depois de por mim escrita, passa a fazer, pois, como diz aqui o meu amigo, depois de dito, o dito passa a "ditado".
A referida expressão surgiu a propósito do comentário jocoso (ou nem tanto) feito por mim neste "post" a respeito das opções do Ministério da Agricultura sobre as culturas consideradas como estratégicas para o país, culturas entre as quais figurava, entre várias outras, o sabugueiro, além do diospireiro que foi o objecto do dito "post".
A referida expressão surgiu a propósito do comentário jocoso (ou nem tanto) feito por mim neste "post" a respeito das opções do Ministério da Agricultura sobre as culturas consideradas como estratégicas para o país, culturas entre as quais figurava, entre várias outras, o sabugueiro, além do diospireiro que foi o objecto do dito "post".
Tal jocosidade, afinal, como a seguir se verá, não tem razão de ser.
Confesso que, na altura em que li a notícia que motivou o comentário jocoso (?), a cultura cuja inclusão me pareceu mais merecedora de irrisão, foi precisamente a do sabugueiro, pois a ideia que tinha dessa planta reportava-se a dois ou três exemplares não cultivados existentes nas vielas da minha aldeia e cujas flores as pessoas utilizavam para fazer umas mezinhas (infusões) que remediavam já não sei o quê. Tratava-se, pois, na minha perspectiva, de uma planta sem qualquer interesse.
Acontece que, em recente deslocação, verifiquei que há pelo menos uma zona do país onde a cultura do sabugueiro é levada muito a sério e, pelo que me foi dado ouvir, é uma cultura altamente rentável, por dois motivos: por um lado, o sabugueiro é uma planta que não requer grandes cuidados e por outro, o seu fruto (as bagas) têm colocação garantida sendo, depois de secas, exportadas na sua totalidade para a feitura de medicamentos.
Acontece que, em recente deslocação, verifiquei que há pelo menos uma zona do país onde a cultura do sabugueiro é levada muito a sério e, pelo que me foi dado ouvir, é uma cultura altamente rentável, por dois motivos: por um lado, o sabugueiro é uma planta que não requer grandes cuidados e por outro, o seu fruto (as bagas) têm colocação garantida sendo, depois de secas, exportadas na sua totalidade para a feitura de medicamentos.
A região em causa, que abrange pelo menos parte dos concelhos de Tarouca e de Moimenta da Beira (não excluo a hipótese de ser mais ampla) está repleta de terrenos dedicados em exclusivo à dita cultura. Em vez de macieiras ou de outras árvores de fruto, os terrenos propícios para tal são ocupados pelo sabugueiro, como se pode ver pelas imagens acima reproduzidas, ambas captadas nas proximidades de Ucanha, no concelho de Tarouca.
A primeira conclusão a tirar desta história é que a cultura que o presumido julgava digna de mofa, propicia, afinal, aos seus cultivadores um rendimento que eles consideram bom e que, além disso, é um rendimento certo.
A segunda conclusão já figura em título: Quem (como no meu caso) bem presume, muito erra.
1 comentário:
Além de usarem as bagas para produzirem medicamentos a medula também é usada como suporte para as amostras que vão aos microscópios ópticos...
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