Esta afirmação de António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, e outras afirmações de igual ou pior quilate (a conferir no local citado) vindas de quem vêm, já não me causam qualquer admiração, pois são fruto do ódio que ele espirra por tudo quanto é poro.
O que a mim me admira é que a Associação Sindical dos Juízes consinta que um indivíduo destes continue à frente dos destinos da Associação, quando cada vez que ele abre a boca só contribui para o desprestígio de toda a classe, quando a imagem da magistratura judicial, por esta e por outras, já anda pelas ruas da amargura. (Se tiverem dúvidas dêem-se ao trabalho de ler os comentários à notícia que transcreve as afirmações).
É que o cavalheiro nem vê que, com estas afirmações faz perpassar a ideia (intolerável numa democracia) de que os juízes são cidadãos mais iguais que os outros e que, por isso, têm o direito de se eximir aos sacrifícios que a todos os outros são exigidos.
E sim, também me admira que ele se sinta confortável com o facto de os subsídios de residência que os juízes recebem (e não é tão pouco quanto isso, pois fala-se em mais de 700,00€ mensais, valor muito superior ao salário que milhares de portugueses auferem mensalmente) não esteja sujeito a IRS, por decisão judicial baseada em argumentação tão esdrúxula que até fez chorar as pedras.
E não menos digno de admiração é que os juízes, mesmo depois de reformados (perdão, jubilados, que até, neste particular, suas altezas não admitem ser tratados pela mesma forma que a plebe) continuem a receber o dito subsídio, mantendo também outras regalias, como os transportes públicos gratuitos, como se continuassem no exercício de funções. Isto é de bradar aos céus, mas vejam lá se isso incomoda o senhor Martins!
Sabe que mais, senhor Martins ? Meta a viola no saco, ou então desampare a loja.
3 comentários:
Perfeito, Francisco.
Um abraço.
Como aquele sujeito nos indigna e nos envergonha! Que arrogância! E que falta de uma pitada de bom senso e de vergonha!
Pensar que um dia, se lhes apetecer, qualquer pessoa neste País pode ser julgada por um tipo destes!
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