A CGTP e a UGT prometem-nos para depois de amanhã uma greve geral. Será que é disto que o país precisa ?
Estaria disposto a responder afirmativamente, se a greve geral tivesse o condão de chamar a atenção para as dificuldades que o país atravessa derivadas da crise financeira internacional, mas também dos desequilíbrios da nossa economia (nas contas públicas, mas sobretudo nas trocas com o exterior) desequilíbrios que os financiadores externos parece não estarem dispostos a financiar indefinidamente, como o demonstra a sucessiva subida das taxas de juro.
Mas não, o objectivo é protestar contra as medidas restritivas que o Orçamento para 2011 traz no bojo. Cabe por isso perguntar se, perante as dificuldades que a economia portuguesa enfrenta no que respeita ao financiamento externo, existe alternativa ?
Eu penso que não, mas, se calhar, os promotores e organizadores da greve geral julgam que esta vai comover os credores internacionais.
Se assim pensam, são tolos. "Ce sont fous, ces romains", como diria o Astérix. Ou seria o Obélix ?
4 comentários:
E se partirmos do principio de que o Sec.Geral da UGT afirmou há algum tempo que se devia aprovar o orçamento para 2011 porque não havia alternativa, pergunto:
-O que é que a UGT vai lá fazer ?
-Vão protestar contra quem ?
-E aqueles que queriam cortes à irlandesa para lixar os maiores, agora, depois da bronca ainda o querem ?
Ainda ninguém me explicou o que lá vão fazer, porquê, que soluções realistas e aplicáveis já, e fundamentalmente contra quem ?
Mais um abraço, Francisco.
Bem lembrada, Miguel, a incoerência do João Proença. De facto a bota não bate com a perdigota. Abraço.
Respeite o direito à indignação e aqueles que sofrem. A GREVE É UM DIREITO
Mas quem é que nega o direito à greve ? Parece que quem nega direitos é o senhor anónimo. Não tenho eu, porventura, direito a discordar desta greve nas actuais circunstâncias? Por entender que não leva a lado nenhum e que pelo contrário pode piorar a vida daqueles que mais sofrem ? Pois não é evidente que quem vai sofrer as consequências não serão os ricos que têm os seu dinheiro nos países fiscais? Quem vai pagá-las, senhor anónimo, é quem vive do seu trabalho e não tem meios para ter dinheiro lá fora. Isso é que me preocupa. Passe bem.
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