Ouvir agora Cavaco dizer que o chefe de Estado “não tem meios para realizar negociações”, pois não dispõe de ministérios, nem de grupos de apoio técnico, nem tal é permitido pela Constituição consente uma dupla leitura. ´
Significa, por um lado, que tudo o que Cavaco andou a apregoar durante a campanha para as eleições presidenciais, com a constante invocação da sua competência e a promessa de uma "magistratura activa" não passou de um logro. Mas contribui também para clarificar o conceito cavaquiano da dita "magistratura activa" de que tantas vezes falou. Se Cavaco nos vem dizer agora que o chefe de Estado (ou seja, ele) não pode fazer mais do que aquilo que já fez, cabe-nos a nós concluir que a "magistratura activa" se esgotou com a demissão do Governo a que ele abriu caminho com os discursos proferidos, no dia das eleições e na data em que tomou posse na Assembleia da República.
Ou seja, Cavaco considera que já cumpriu a missão para que a direita o elegeu. Sendo assim, já pode renunciar, pois o seu trabalho está feito.
Estou de acordo e direi mais: se o "puto" não "chegar ao pote" (ver post anterior), Cavaco não só pode, como tem a estrita obrigação de renunciar. Estou para ver se é homem para assumir essa responsabilidade
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