Segundo o secretário de Estado da Defesa, a proposta de lei relativa aos benefícios atribuídos aos antigos combatentes não visa reduzir direitos, mas alargar os beneficiários, contrariando, desta forma, as afirmações de Paulo Portas, para quem estaríamos perante "um retrocesso e a retirada de direitos a gerações que Portugal deve honrar".Do que se trata, afinal, segundo a mesma entidade, é de "alargar o universo de beneficiários, introduzir critérios de justiça relativa e criar condições de sustentabilidade financeira para estes benefícios", tendo havido a preocupação de levar o assunto à apreciação da Assembleia da República (daí o optar-se pela via da proposta de lei, em vez da forma de decreto-lei) por se pretender "reunir um largo consenso político".Paulo Portas não ignora certamente tudo isto (e, designadamente, que se está, ainda e só, perante uma simples proposta de lei, sobre a qual vai ter oportunidade de se pronunciar no parlamento), mas é da sua natureza pôr-se em bicos de pés e, quando assim é, não há nada a fazer. O mais importante para ele é, pelos vistos, debitar umas tantas palavras sonoras que passem na comunicação social por forma a ter visibilidade. Corre é o risco de, com tanta ligeireza, lhe faltar o pé e cair, que é o que lhe tem acontecido ultimamente, com frequência. Por esta via e aos poucos, Paulo Portas vai perdendo credibilidade e o CDS-PP é que vai pagar as favas. O que se lamenta, diga-se.
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