O Presidente Sarkozy vai a Moscovo para debater situação na Ossétia do Sul levando consigo uma proposta de solução que ponha termo ao conflito (melhor diria: guerra) entre a Rússia e a Geórgia, proposta que passa pela “a cessação imediata das hostilidades; o pleno respeito pela soberania e integridade territorial da Geórgia; e o restabelecimento da situação que prevalecia anteriormente no terreno”.
É, porém, evidente que esta iniciativa diplomática está, à partida, votada ao fracasso: Por um lado, é patente que a solução não convém à Rússia (se o fosse já teria aceite a proposta de cessar-fogo da Geórgia); por outro, também é claro que a União Europeia não está em situação de impor condições a Moscovo. Pelo contrário, é a Rússia que está numa posição de força frente à União Europeia que depende daquela para os fornecimentos de petróleo e de gás natural.
Aliás, a inoperância da União Europeia revelada após a eclosão do conflito, pois foi incapaz de passar das palavras aos actos (verba non acta), maior confiança gerou nas autoridades russas que cada vez se sentem mais livres para actuarem conforme bem lhes aprouver.
Entretanto, morrem milhares de pessoas perante a indiferença do mundo e a irresponsabilidade dos dirigentes políticos, uns aventureiros e outros calculistas. Há para todos os gostos!
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