O surto de gripe A (H1N1) com origem no México tem originado uma tal quantidade de avisos e comunicados emitidos pelas autoridades sanitárias internacionais e nacionais que não posso deixar de confessar a minha perplexidade: a ser verdadeira a afirmação de que o vírus desta gripe não é especialmente virulento, nem causa de grande mortalidade (menor em todo o caso que a gripe vulgar) como compreender todo este alarme difundido pelas autoridades e pela comunicação social que vai ao ponto de contabilizar todo e qualquer caso de infecção pelo novo vírus? Será só porque é novo e a comunicação social vive da novidade ? Ou será antes porque, ao contrário de outras infecções bem mais mortíferas (como a malária e o paludismo, por exemplo), os países mais afectados não são os do chamado terceiro mundo?
E, continuando com as perguntas, como compreender que, perante o número restrito de casos de infecção confirmados em Portugal (86 até hoje) já se fale no encerramento de escolas, de creches e de empresas e se chegue ao ponto de sugerir que nas próximas eleições se evite a realização de comícios?
Por este caminho, onde nos levará tanto alarmismo? E a quem aproveita ?
Não sei a resposta a tanta pergunta, mas começo a pensar que pior que a gripe é toda a histeria entretanto desencadeada.
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