sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A "ameaça" e o medo

A afirmação  atribuída ao primeiro-ministro  de que "Um Governo sem orçamento aprovado não tem condições para Governar" tem sido entendida como uma "ameaça", expressão que, a este (des)propósito, tem sido insistentemente repetida em vários tons.
Falo em "(des)propósito", porque qualquer ameaça pressupõe que as palavras proferidas revelem uma intenção de causar dano e sejam de molde a suscitar medo a quem as ouve. Ora, não me parece que aquela afirmação reúna os requisitos para ser considerada como tal. Onde a intenção de causar mal, se se limita a enunciar o que é evidente?  De modo que, se mesmo assim, não existindo qualquer ameaça, há quem se sinta ameaçado, é porque já traz o medo dentro de si. Porventura, o medo de ter de Governar. E ele anda, de facto, por aí.

4 comentários:

Anónimo disse...

Presumo que se refira ao PM que não governa?

Francisco Clamote disse...

Presume mal.

mdsol disse...

[Com que então 5 - 0! parabéns!

:)))]

Francisco Clamote disse...

São uns desequilibrados, estes jogadores do Sporting, MDSOL.