O negócio entre Passos Coelho e Fernando Nobre (FN), com aquele a prometer a este a presidência da Assembleia da República, como contrapartida para este aceitar candidatar-se nas próximas eleições, como cabeça de lista do PSD pelo círculo de Lisboa, para além de escandaloso pelo que representa de traficância política, que a ambos desonra, foi mal recebido pelos apoiantes da candidatura de FN à presidência da República. As críticas surgidas na Página oficial de Fernando Nobre do Facebook foram tantas ou tão poucas que a solução foi apagá-la.
As críticas, aliás, não são dirigidas exclusivamente ao "nobre" candidato. Uma volta pelos blogues afectos à direita e mesmo ao PSD é suficiente para constatar que Passos Coelho também leva pela medida grossa.
O oportunismo político, infelizmente, nem sempre é sancionado, mas quando se ultrapassam certos limites, paga-se caro. É a conclusão a tirar e ainda bem, porque neste caso, ultrapassaram-se todos os limites da decência. Não sei mesmo o que é mais digno de espanto: se o vale-tudo de Passos Coelho que não hesitou em traficar um cargo público que, por enquanto, não está na sua disponibilidade e ainda por cima a favor de alguém que não tem, nem condições, nem experiência política e parlamentar para o ocupar, se a incoerência e fome de protagonismo de que o "nobre" candidato deu provas.
Seja como for, o seu comportamento revela que nem um, nem outro são merecedores de confiança. Sobre Passos já não tinha dúvidas. Sobre o "nobre" candidato fiquei a saber.
2 comentários:
Engraçado: enganei-me! Julguei que me ia espantar, e, afinal... espantei-me! É mesmo: lendo, mesmo de viés, os textos do blogue, ele não é uma 'Terra de Espantos'; é (só) um solilóquio contra Passos Coelho. Ora bolas!...
Tem razão: "aprecio" muito Passos Coelho.
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