António Barreto, actualmente transformado em sociólogo ao serviço da direita, tem sido uma das vozes que mais tem defendido, a par do pateta da Madeira, a revisão da Constituição. Fê-lo agora, uma vez mais, na Universidade de Verão do PSD, afirmando que "A revisão constitucional, ou a refundação da Constituição, ou a elaboração de uma nova Constituição é uma tarefa muito urgente", apesar de reconhecer (primeira contradição) que "a actual Constituição [ não é] a causa dos problemas de Portugal.
Defende, segundo o relato do "Público", uma Constituição "de princípios universais e permanentes", mas ao mesmo tempo aduz, em abono da sua tese, entre outra argumentação que não é nova, “que todas as gerações têm o direito de rever a Constituição, sobretudo quando é muito política ou programática”.
Dou de barato a afirmação, mas parece-me que Barreto incorre aqui numa segunda contradição: se a Constituição, na versão Barreto, só contém princípios universais permanentes, para quê revê-la ? E, já agora, pergunto: se assim é, para onde é que António Barreto pretende remeter a organização política do Estado ? Para a lei ordinária ?
Na dúvida sobre a solução de Barreto sobre este particular e não explicitando ele quais são os tais "princípios universais e permanentes", pergunto-me se ele saberá, ao menos, do que é que está a falar ?
3 comentários:
A verdade é que se o Barreto soubesse o que diz não teria necessidade de ser o "sociólogo" de serviço e ao serviço da direita e muito especialmente desta direita ultra liberal.
O António Barreto está "passado". Mas ao contrário das uvas, que ao ficarem "passas" ficam mais doces, ele, quanto mais "passado" mais amargo fica. Ao que não deve ser estranho o facto de já ninguém "passar" cartão ao que ele vai palavreando de quando em vez. Para além de, para ir ainda tendo algum -cada vez menos- tempo de antena, ter de se sujeitar a ser assim como que uma espécie de "voz do dono" do merceeiro Santos.
Sim. De acordo com os meus amigos.
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