O anúncio do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado (PREMAC) que prevê a supressão de 142 organismos e a criação de 26, onde se incluem medidas já anunciadas pela enésima vez, como a extinção dos governos civis, com uma poupança estimada de 100 milhões de euros (valor insignificante se comparado, por exemplo, com a dívida encoberta pela Administração Alberto João Jardim) é a prova provada de que o Governo PSD/CDS, é incapaz de cortar nas "gorduras do Estado", o que não deixa de ser surpreendente tratando-se de partidos que, durante a campanha eleitoral, já sabiam muito bem onde cortar e até já tinham as contas feitas.
Estamos, é claro, perante um logro de todo o tamanho que nos vai sair caro a todos. Já sabemos parte do que vamos pagar pela via dos sucessivos aumentos dos impostos e das tarifas dos transportes públicos, ainda assim insuficientes para reduzir o défice e consolidar as contas públicas, tarefa agora dificultada pela descoberta dos "esqueletos" guardados no armário pelo Governo Regional da Madeira, liderado pelo PSD*. Ora sendo assim, e visto que o Governo não é capaz de cortar nas "gorduras", é mais que certo que o Governo vai reduzir as despesas sociais, na área da saúde, da educação e da segurança social, o que vale por dizer que serão, de novo, os cidadãos, e em especial a classe média, a suportar a factura e a sofrer na pele as consequências do logro.
Ainda haverá, por aí, alguém que não se sinta logrado?
(*Ironias do destino: quem falava de "esqueletos no armário" acaba de os encontrar na própria casa!)
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