Subitamente, o ministro Álvaro ganhou lucidez suficiente para contrariar o anúncio feito por Passos/Coelho, na "festa do Pontal", de que “2013 será o ano da inversão na actividade económica”.
O Álvaro não se arrisca a fazer, nem a secundar, um tão pouco fiável prognóstico, porque, diz ele, “previsões macroeconómicas são previsões macroeconómicas”. “Há sempre imponderáveis, sempre uma incerteza bastante grande, especialmente quando estamos a viver a maior crise mundial das últimas décadas”.
Já tinha ouvido, até da boca do primeiro-ministro, falar em condicionantes externas, mas, se não estou em erro, é a primeira vez que um membro deste governo alude "à maior crise mundial das últimas décadas", expressão ainda cunhada nos tempos do Governo anterior mas sempre recusada pela direita ora no poder como explicação de boa parte das dificuldades por que passou o país (à semelhança de tantos outros) e continua a passar, cada vez com maior acuidade, devido à política de "empobrecimento" deste governo.
Recusada antes, mas, graças ao Álvaro, "a maior crise mundial das últimas décadas" passa, a partir de agora, a fazer parte do léxico e das explicações governamentais.
Para responder à pergunta em título, só falta saber em que data é que o Álvaro situa o início da crise.
O "também" vem daqui.
1 comentário:
o Álvaro anda a ver muitas coisas esquisitas desde que chegou cá.
Será dos pastéis de nata?
Abraço e bom fds
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