Até Marcelo, seu companheiro de partido, chegou à conclusão de que Passos Coelho " não tem ideia nenhuma sobre a refundação do Estado". Indo mais longe, pode dizer-se, com propriedade, que há fortes indícios de que Passos Coelho não tem ideia assente sobre coisíssima nenhuma. Senão vejamos: num dia temos co-pagamentos no ensino secundário, para, no dia seguinte deixar de haver. Defende, num dia, que Portugal, "país de programa" tal como a Grécia (Gaspar dixit) pode beneficiar das condições concedidas aos gregos, para, no dia seguinte, já nem pensar nisso.
Casos como estes revelam que, para Passos Coelho mudar de opinião, não é necessário mais que um assobio.
Venha donde vier o assobio, seja do ministro da Educação a desautorizá-lo, seja do ministro alemão da Finanças a alertá-lo, um assobio é quanto basta para Passos Coelho arrepiar caminho, tal a consistência das suas ideias.
Muda o assobio, muda a dança. Não há, confirma-se, nada que o embarace. Nem a ele, nem ao "inteligente" ministro Gaspar que, no último caso, também entrou na dança e na contradança.
2 comentários:
De facto, o Governo de Passos Coelho parece um grupo de baile do antigamente: eles cantam e dançam, alternadamente, ora o vira, ora o malhão, e finalizam a dança como Pauliteiros de Miranda.
À paulada, à paulada é que eles devem ser corridos do palco.
O Marcelo sabe-a toda, Francisco! Dá uma no cravo e outra na ferradura. Se lhe convier, volta a apoiá-lo, como ainda há duas semanas fazia.
Nunca me esquecerei do que ele disse de PPC quando se candidatou à presidência do PSD:
" É uma cópia do Sócrates, mas para pior..."
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