sábado, 29 de dezembro de 2012

"Quousque tandem, Catilina, abutere patientia nostra?"

Iniciado sob o signo da austeridade "custe o que custar",  2012 revelou-se o ano de todos os fracassos dum  governo que, falhando todas as previsões do "mago" Gaspar, nem sequer conseguiu alcançar as metas de redução do défice e de consolidação das contas públicas, apesar de todos os sacrifícios impostos aos portugueses. E, para terminar em beleza, vai findar sob o signo do ridículo das  mensagens do primeiro-ministro Passos Coelho e do seu homónimo Pedro, mensagens onde a vacuidade se alia à demonstração de que o seu autor nem sequer sabe exprimir-se num português escorreito.
Um ano que foi um autêntico desastre onde foram batidos todos os recordes em matéria de desemprego, de insolvências, de fome e de miséria.
Diz-se que uma desgraça nunca vem só e, em relação a 2013, [o ano que vai nascer sob o signo da vigarice dum Orçamento de Estado em que ninguém acredita, nem o governo que o pariu, nem a maioria par(a)lamentar que o aprovou] não é difícil antecipar que o ditado vai ter confirmação, pois a receita seguida por este governo em 2012 vai ser replicada e agravada no próximo ano. Se a receita é a mesma e a dose até é aumentada, é mais que o certo que o resultado não será melhor. Antes pelo contrário, até porque, face aos antecedentes, não há que esperar do "semi-presidente" Cavaco qualquer acção que impeça a continuação do desastre. 
Resta, por isso, traduzindo o título e substituindo "Catilina", por "Pedro", perguntar: Até quando, Pedro, abusarás da nossa paciência?
Numa tentativa de resposta, direi que até ao dia em que os portugueses vítimas do "conto do vigário" conseguirem abrir os olhos, tarefa que, pelos vistos, não é fácil. Esse dia, no entanto, chegará. Assim espero.    

1 comentário:

folha seca disse...

"e chegará o dia das surpresas"
Abraço meu caro!
Rodrigo