quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Como é possível?

"(...)
Como é possível que haja gente, presuntivamente de bem, a apoiar este mentiroso que não só nos empobreceu materialmente como nos enfraqueceu a alma, nos amolgou o espírito com perseverança infame, e continua a impelir-nos para uma perdição tão maldosa que, ela própria, nos escapa; como é possível?
A mentira multiplicada quebrou a coesão e colocou portugueses contra portugueses, numa endemia moral que irá prolongar-se. Com extrema dificuldade, os governos que se seguirão conseguirão repor o que nos indicava como o povo mais lógico, por mais unido, da Europa. O mentiroso conseguiu o que mais ninguém obteve, com repressão ou com o montante. Levou-nos até ao desgosto da palavra, porque houve quem acreditasse na voz de tenor, falsamente casta, e na insistência maviosa dos temas.
(...)"
(Baptista-Bastos; O mentiroso; Na íntegra: aqui)

2 comentários:

jose neves disse...

E o BB quando destrambulhada e desmioladamente atacava Sócrates, pela política e pelo carácter, já que não o conseguia fazer pela inteligência, pela obra e capacidades pessoais, mentia a quém?
BB foi contribuinte liquido para colocar no governo a actual maioria: de que se queixa?
Porque será que a sua previsão de futuro com esta maioria no governo foi tão igual à de Jerónimo?
BB foi, e é, mais um dos "homens da luta" que fizeram o frete. Deixe-se de merdas e de fingimentos.

Unknown disse...

Franciscamigo

Não sei quem é o josé neves (ele, seja quem for, assina assim com caixas baixas...) mas acho que exagera; nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Conheço o BB o bastante para o admirar, porém para não ser amigo dele. O quanto escreve muito bem - e por isso é um Mestre - rivaliza com os meandros das suas ideias.

Mas, há que o reconhecer, escreve e diz com frontalidade, dando a cara. E não espanta que o Jerónimo utilize o que o BB escreve.

Primeiro porque o BB é melhor do que o Jerónimo; segundo porque o BB voga em águas de propriedade do Jerónimo... Ainda que tente utilizar um sextante ligeiramente diferente.

Está na nossa Travessa um textículo assinado por mim que creio que tem alguma piada. Intitula-se Emigração e TAMPAX. Que raio de coisa! Só eu era capaz de um doideira como esta…


Henrique