Esperava-se que Paulo Portas, agora arvorado em vice-primeiro ministro, tivesse apresentado em Bruxelas, durante o périplo que está a efectuar junto dos membros da "troika", alguma proposta, quer relativamente à flexibilização do défice, quer no respeitante a alternativas em matéria de cortes na despesa pública. Esperava-se, dizia eu, tendo em conta as críticas que ele foi dirigindo, antes da sua promoção, à "inflexibilidade" da "troika".
Porém, segundo noticia o "Público", Portas e a ministra das Finanças que o acompanha limitaram-se a reafirmar o empenho de Portugal no cumprimento do programa de ajustamento assumido como contrapartida da assistência financeira externa.
Essa mesma notícia dá azo a que o mesmo jornal mostre, em editorial (aqui reproduzido) algum desapontamento perante a actuação de Paulo Portas, desapontamento que, em boa verdade, só pode ser fruto da injustificada subsistência de alguma ilusão sobre a verdadeira personalidade de Portas. De facto. está mais que visto que Portas é homem de muita parra e de pouca nenhuma uva.
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