segunda-feira, 20 de abril de 2009

A guerra aberta ?

Já não lhe bastam os discursos presidenciais. Ou muito me engano, ou Cavaco Silva, não podendo já usar a "arma atómica" da dissolução, pretendeu, com esta visita do Procurador-Geral da República obter armamento, ainda que mais ligeiro, para se preparar para a "guerra" contra o Governo. Todo o secretismo à volta da reunião, antes e depois, é sinal de que esse terá sido o objectivo.
Se a reunião serviu ou não para a obtenção de munições, mais tarde se saberá. O 25 de Abril está já à porta e aí o Presidente da República terá uma boa oportunidade para mostrar quais os seus trunfos e até onde é que ousa ir.
Para já, os "adversários" mantêm as suas posições, como se viu pela resposta de Sócrates aos recados presidenciais.
Veremos como é que as respectivas trincheiras se comportam, porque estas, no momento, são essenciais. É que neste tipo de "guerra", as armas nem sempre são de fiar: a algumas sai-lhes o tiro pela culatra e dos seus "coices" ninguém se livra. Incluindo Cavaco Silva, que é feito de carne e osso, como qualquer outro.

1 comentário:

Anónimo disse...

De facto, aqui há gato!...E quer-me parecer que esta atitude do Sr. Presidente, a quem tenho muito respeito, não se coaduna de modo algum com aquela isenção e espírito de verdade que é necessária e que tanto apregoa. O espírito de verdade exige autenticidade e franqueza de palavras e atitudes que, perdoe-me Sr. Presidente, está a deixar escapar...
Pior ainda, mas isto já não é com o Senhor Presidente, é o facto de a líder do PSD vir a falar da política da verdade quando ela foi a autora dos maiores malabarismos contabilísticos e financeiros para ocultar o défice real. Além disso dizer que a crise é grave ou gravíssima, é uma lapalissada.Alarmar ainda mais não é por amor à verdade, é volúpia indisfarçada de chegar ao poder.
Com essa verdade não me enganam.
Zé Mário