sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Tu quoque, VPV?

"Como ele próprio solenemente anunciou, no caso de Cavaco, essa conspiração tinha (ou tem) dois fins. [...]
Perante uma acusação tão grave, era de esperar que o dr. Cavaco apresentasse provas de uma absoluta solidez. Não apresentou. [... ] Estas conjecturas (as de Lima e as de Cavaco) são, como se perceberá, inteiramente gratuitas. Podem vir do excesso de zelo de um assessor ou dois, como podem vir da simples fantasia do dr. Cavaco. Não acrescentam nada e nem vagamente fundamentam a teoria da "conspiração". Face ao discurso do Presidente, não há qualquer motivo para acreditar nele. [...]
Tanto mais quanto o dr. Cavaco toma como um "ultimato" as "declarações" de algumas "destacadas personalidades" do PS (que, de facto, não passam de figuras de terceira ordem), exigindo que ele explicasse a colaboração de membros da sua Casa Civil no programa do PSD. Fora que essa colaboração é provavelmente falsa,, [está provado que não é, digo eu] até Cavaco reconhece que jamais se limitou a liberdade cívica e política a nenhum funcionário de nenhum antigo Presidente. Mas, reconhecendo isto, não hesitou em usar o episódio como base essencial da conspiração que terça-feira revelou ao país boquiaberto."
( Vasco Pulido Valente, aqui, na íntegra)
Concluo eu: mesmo os indefectíveis, com algumas excepções pouco recomendáveis, ficaram, pelos vistos, de boca aberta, com a comunicação de Cavaco Silva. Não é caso para menos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei de saber que VPV também é capaz de comentários serenos e objectivos.O meu Presidente foi mau de mais, e se desconfiava da sua honestistidade política, agora tenho a certeza que não a tem e que a mesma está ferida de morte, para mal de todos nós...
Zé Mário