Parece-me que não é abusivo comparar Marcelo Rebelo de Sousa ao eucalipto que, como se sabe, é uma árvore que impede que outras espécies medrem e se desenvolvam à sua sombra. O efeito da candidatura do professor/comentador televisivo é mais ou menos semelhante. Ainda antes do anúncio da candidatura de Marcelo já a intenção de Santana Lopes em se candidatar tinha ficado pelo caminho. Após o anúncio, são agora dadas a conhecer as desistências de Alberto João Jardim (o que é uma pena, pois, se é verdade que a exibição de um clown é, geralmente, interessante, a actuação de uma dupla é, de longe, muito mais estimulante) e de Rui Rio, apesar deste considerar que a sua candidatura "poderia ser a que melhores condições tinha de, no quadro do espaço ideológico moderado, conseguir garantir a indispensável estabilidade e sobriedade na política nacional".
Se Rui Rio entende que a sua candidatura era a melhor e mesmo assim não se candidata, é porque, manifestamente, subscreve a minha tese: Marcelo é mesmo um eucalipto:
À direita já dizimou todas as veleidades de candidatura, salvo, porventura, as de um Henrique Neto e de um Paulo Morais, mas nem uma, nem outra têm qualquer hipótese de medrar.
Quem à esquerda tenha a legítima aspiração de vir a ocupar o palácio de S. Bento tem que ter a preocupação de evitar a todo o custo a sombra do eucalipto. Nesta altura, só vejo uma candidatura que, pela sua elevação, não corre o mínimo risco de ficar à sombra do dito cujo. A de Sampaio da Nóvoa.
Tem o meu apoio, claro.
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