A hipótese acima admitida ganha foros de maior verosimilhança se repararmos que Cavaco tem dado sinais claros de que não tem pressa nenhuma em dotar o país de um governo em plenitude de funções. A sua deslocação e permanência na Madeira durante dois dias (2ª e 3ª feira da próxima semana) quando o incêndio que ele ateou com os discursos que proferiu após as eleições alastra já pela pradaria, é de molde a não deixar dúvidas sobre este ponto e sobre as suas intenções. A sua opção colide com o disposto na Constituição é verdade, mas que importância tem esse facto para alguém que, ao longo de dois mandatos, fez da Constituição papel de embrulho?
Também é verdade que a manutenção do governo em gestão contraria frontalmente tudo o que Cavaco defendido. Não repetiu ele, inúmeras vezes, a necessidade de estabilidade governativa? É tudo verdade, mas uma verdade irrelevante para um megalómano que nunca se engana e raramente tem dúvidas.
Dias difíceis nos esperam, julgo eu, pois o pirómano Cavaco não está só. Na direita pode contar com inúmeros incendiários de serviço. Em particular, Passos e Portas têm ultimamente dado abundantes provas de que não só sabem usar a mecha, como têm bom fôlego para avivar as chamas. E não me custa nada a acreditar se me disserem que estamos perante uma actuação concertada entre aquele e estes.
Cavete!
2 comentários:
Um energúmeno!!! Vingativo, intolerante e vil!
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De CS, também estou à espera duma solução mesquinha e torpe, em contradição com os discursos que fez, apelando aos partidos políticos consensos atendendo à estabilidade...
Uma criatura conservadora, completamente avesso à inovação, ao contrário de D Duarte Pio que afirma acreditar na palavra do PCP.
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