sábado, 4 de outubro de 2008

The true crisis explanation ...


Tenho acompanhado, com alguma regularidade, as explicações que vêm sendo dadas para a actual crise financeira mundial e da economia em geral, por efeito de arrastamento, até porque a crise nos vai afectar a todos, embora a uns mais do que a outros.Tais explicações passam pela desregulação dos mercados financeiros (com início na presidência Reagan), pela ganância e irresponsabilidade de gestores e analistas, pela falta de controlo interno, pela ineficiência das auditorias. As explicações aventadas, quer de per si, quer no seu conjunto, revelam-se, a meu ver, insuficientes: A desregulação criou um ambiente favorável à eclosão da crise, mas só por si não a explica, sem a ocorrência simultânea dos demais factores. A explicação nestes termos seria cabal, se a conjugação simultânea de tais factores, em cada um dos casos de descalabro até agora vindos a público, não fosse, não só improvável, mas altamente improvável. Assim sendo, fui forçado a concluir que nas explicações dadas faltava um elemento qualquer. E vai daí, toca de cogitar e mais cogitar até que um dia se fez luz (Eureka!): A explicação verdadeira está na Moda.
Produtos novos, fruto de sofisticadas engenharias (ou antes, tidas como tais) são irrecusáveis para quem pretenda estar na moda. Ora, entre gente fina (gestores, auditores, corretores, analistas e tutti quanti se movem no meio) quem é que não quer estar na moda ? Ninguém ou muito poucos, até pela razão simples de que quem nestes meios não segue a moda não trepa e não passa da cepa torta. É natural, pois, que toda a gente embarque. E manda a verdade que se diga que, enquanto a coisa não deu para o torto, foi uma festa e um fartar vilanagem. Os milhões das comissões recebidas pelos gestores aí estão para prova.
Aqui têm os leitores a verdadeira explicação para crise. Sem mais desenvolvimentos, porque, por enquanto, é de borla!
(O título desta mensagem vai em inglês que é para o pessoal de Wall Street perceber! O texto, que o traduzam, que ainda lhes devem ter sobrado uns cobres! )
(Imagem daqui)

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