Falhas é coisa que não faltou no primeiro plano de resgate da Grécia, reconhecem agora Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo e o nosso bem conhecido Poul Thomsen, presentemente, chefe de missão do FMI, em Atenas.
Mas, vendo bem, falhas continuam a não faltar no segundo plano de resgate, pois o FMI alerta, à partida, para o perigo de “o resultado mais provável [vir a ser] uma recessão mais profunda e uma dívida muito mais elevada”, "se a implementação do programa não decorrer como o previsto ou se a economia demorar mais tempo do que o estimado a responder às reformas estruturais".
É muito "se" junto.
Entretanto, por cá, vítimas da mesma receita que tão nefastos resultados produziu na Grécia, continuamos a suportar um grupo de fanáticos da austeridade que acham que o futuro do país está no empobrecer e que não recuam perante os custos do "custe o que custar", mesmo quando estes estão já bem à vista. O país já não está só a empobrecer. Está a transformar-se, como diz o António Correia de Campos, na crónica citada no "post" anterior, num país de "zombies". E não sei se o mais grave é sermos um país pobre, se um pais de gente sem vontade.
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