Afinal, o ministro Álvaro dos Santos Pereira não concretizou a ameaça de se demitir, contrariando assim a hipótese avançada por alguma imprensa. Ficou a saber-se, depois do encontro entre Passos/Coelho e o ministro da Economia e do Emprego, que o "Álvaro" vai continuar "a agir para tornar a economia mais competitiva". Ao que é de supor, com os "excelentes" resultados que são conhecidos.
Contra a opinião do Prof. Marcelo que considerou que “seria mau para o Governo” se o ministro da Economia saísse do cargo e que “uma remodelação tão cedo seria um enfraquecimento” do executivo PSD/CDS-PP, parece-me a mim que a permanência do "Álvaro" no ministério da Economia e do Emprego não traz vantagens para ninguém. Nem para o ministro, salvo se ele já não tinha, ou ainda não tinha, lugar para onde ir, porque sai da provação ainda mais menorizado. Nem para o Governo, pois o mal estava feito, e continua a estar, depois de conhecidas as dissensões, que o fragilizam, sopradas para a comunicação social por alguém com assento no Conselho de Ministros, o que revela que a solidariedade no interior do governo é ainda menor do que a suposta pela existência de divergências. E, finalmente, nem para o país que viu confirmada a ideia de que à frente da Economia está alguém que não só não tem perfil para o exercício do cargo, como não passa dum ministro-faz-de-conta, satisfeito por sê-lo, o que é ainda pior.
Diga-se, entretanto e neste interim, que nem toda a gente tem razão de queixa. Os humoristas continuarão a ter matéria em abundância para continuar a desenvolver a sua actividade e o mesmo se pode dizer em relação aos biólogos. Com efeito, estes acabam de descobrir uma nova espécie que os deixou muito intrigados e que, por isso mesmo, vai ser objecto de um estudo amplo e aturado. É que a estranha criatura não possui esqueleto interno, nem exosqueleto e todavia caminha como um bípede.
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