Francisco Almeida Leite (FAL), "amigo" de Pedro Passos Coelho, jornalista ou ex-jornalista, nem sei bem, secretário de Estado de curta duração, títulos a que, no seu seu currículo, (disponível aqui) pode juntar o de ter sido "um dos membros da pandilha recrutada para levar Passos Coelho ao poder" é um rapaz cheio de sorte.
Digo isto, não pelo facto de ser "amigo" de Passos Coelho, amizade que não lhe invejo, mas sim pelo facto de ter sobrevivido a um "chumbo" e a uma "humilhação" às mãos da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP).
Apesar de "chumbada" pela Cresap, a proposta da sua nomeação como presidente da SOFID, "devido a falta de conhecimentos e experiência no sector financeiro", o governo do seu "amigo" Coelho não desistiu e acabou por propô-lo para vogal do conselho executivo da mesma entidade, sujeitando-o, depois do "chumbo", a uma nova "humilhação" bem expressa na avaliação da CRESAP que o considera com perfil "adequado, mas com limitações", visto não possuir "conhecimento do sector bancário ou financeiro, ou mesmo das reais exigências com que as empresas se defrontam no mundo real e das dificuldades para tornar sustentáveis projetos de longo prazo" e a quem recomenda, por isso "a frequência de formação complementar em gestão, de nível académico, com obtenção de um grau numa escola com reconhecida exigência formativa".
Pois, apesar do chumbo e da humilhação, FAL, dizem as notícias, vai mesmo ocupar o cargo para que foi proposto.
Que FAL é um homem de sorte, deduz-se do que fica dito: sobreviveu. Porventura, também se alcança desta "estória" que, nos dias que correm, o compadrio é factor de sucesso e a pouca vergonha condição de sobrevivência.
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