«O Diário Económico apresenta-lhe hoje as diferenças entre o guião da reforma do Estado na Irlanda e em Portugal.
Analisaram-se os dois documentos e as diferenças saltam à vista. De um lado, o sol, do outro a lua. De um lado, quase tudo, do outro muito pouco. Mas isto não devia acontecer. São dois países periféricos na Europa, com economias pequenas e que foram obrigados a recorrer à assistência financeira da ‘troika’.
Portanto, o contexto é semelhante, o resultado final é completamente diferente. O documento irlandês resultou de um debate interno entre técnicos do governo e representantes dos parceiros sociais.
Tem medidas concretas para reduzir a máquina do Estado e datas combinadas para as colocar no terreno. E, todos os anos, há um relatório que faz um balanço do que está feito e do que está atrasado.
Em Portugal, Paulo Portas apresentou um documento oco, cheio de medidas banais e de soluções com forte conotação ideológica que nunca chegarão ao terreno. Para não falar na apresentação pouco profissional. Quanto a quantificações e calendarizações, nada. Além disto, o vice-primeiro-ministro apresentou o guião como um ponto de partida, depois dos relatórios do FMI e da OCDE. Perante isto, percebe-se quem é o bom aluno e o cábula e é fácil compreender a diferença nos juros cobrados à Irlanda e a Portugal pela emissão de dívida pública.»
("A diferença entre o bom aluno e o cábula", Editorial do Diário Económico)
1 comentário:
O maior vexame para Portas é o PSD estar a fazer outro guião.
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