segunda-feira, 20 de julho de 2009

BPP: A lógica da direita

Se bem me lembro, quer o PSD, quer o CDS, com maior ou menor veemência, criticaram a nacionalização do Banco Privado Português (BPN) durante os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito, porque, alegadamente, haveria outra solução que passava (pelo que dão a entender) pela aceitação do plano Cadilhe, plano que o Governo considerou inviável e cuja aceitação teria representado para o Estado a assunção dos encargos, enquanto os accionistas tomariam os proveitos.
Não se compreende, por isso, a posição dos dois partidos que, por uma forma ou outra, insistem agora em pedir a intervenção do Estado no Banco Privado Português (BPP), não obstante o Governo já ter declarado, uma e mais vezes, que não pretende injectar dinheiros públicos no BPP, por entender não haver risco sistémico, ao contrário do que sucedia no caso do BPN. Compreende-se que assim seja, visto que os riscos da não intervenção (que existiam no caso BPN) não existem no caso do BPP.
O que não se compreende é a lógica das posições da direita (PSD e CDS ) a menos que essa lógica seja a de defender o funcionamento do mercado, salvo se o mercado não conseguir salvaguardar os interesses da sua clientela.

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