domingo, 30 de maio de 2010

Crise? Qual crise?

Muitos autocarros há neste país. E, pelos vistos, também muito dinheiro para os fretar. Ao STAL, pelo menos, a crise ainda não chegou. É caso para dizer: "boa vai ela". A vida!

5 comentários:

jojoratazana@sapo.pt disse...

Não foi dinheiro roubado.
Foi paga pelos associados do sindicato.
Já agora diz lá onde o PS vai arranjar dinheiro para os autocarros?
Eram só 300.000 porque os 10.000 amarelos da UGT não foram.
Coitados

Francisco Clamote disse...

jojoratazana, conheces-me de algum lado, para me fazeres a pergunta?
Tu que sabes tanto (até sabes donde veio o dinneiro do STAL é que deves saber.Eu não sei.
300.000 ? Contaste-os ?
Com tantos, ainda sentiste a falta de 10.000?
E amarelos dizes-tu. Não andarás a ver mal? Quem vive no escuro deve ter dificuldades em ver à luz do sol e confunde as cores. Nada mais natural. Acho eu.

MFerrer disse...

Engraçado como se justifica a "carneirização" com uma eventual seriedade nas contas.
Isto é:
Podem lançar-se bombas sobre as populações.... caso estejam pagas.
Dos filhos faz-se o que se quiser, são nossos!
Então as mulheres...
Este profundo sentido de propriedade rústica, este valor utilitário das pessoas, é deveras interessante. Dava um tratado de filosofia medieval!
Já assim se pensava sobre os servos da gleba, ou antes, sobre os escravos. Estavam pagos. A utilização só interessava ao proprietário!
De resto a manif da CGTP sofre duma doença infantil: Estrabismo.
Estrabismo e confusão.
Sobre o estrabismo muito se poderia dizer.
Mas a confusão, essa, só se justifica com a desonestidade intelectual e a defesa de interesses partidários, esses sim a roçar o assalto aos contribuintes.
Acrescentar o quê à transparência inquinada das águas dos esgotos?
Francisco, resignemo-nos!
"Eles andem por aí!"

Anónimo disse...

O dinheiro recebido das quotizações dos sócios dos partidos, é melhor (tem melhor pegada!) que o proveniente dos sócios dos sindicatos?
Eu acho que a pegada destes últimos é mais verde e que certas contribuições de beneméritos de partidos para obterem concessões, amarelecem a sua cor.

Eu também acho que as manifestações, assim, à 1ª vista, não se justificam e nem dão em nada!

PORÉM, pensando melhor, acho-as legítimas e úteis e até necessárias.
Esta classe política (não são só os governantes, mas tb os opinion makers que a suportam) continua a olhar para o umbigo e são vesgos e até com certas medidas fingem que não se passa nada.

Com as manifestações o que eu percebo que querem dizer, não é que não haja crise e que não devam ser pedidos sacrifícios, MAS QUE ISSO É, DEVE SER, UM ENCARGO DE TODOS.
Aquela estória de o secretário de estado contratar uma adjunta por 4 mil e tal euros por mês e muitos outros exemplos, dizem bem do despesismo que não dá emprego nem promove investimento, e sobretudo mostra a doença desta classe política que nem se consegue controlar.

Depois, quem acha "tudo isto nos conformes", que o governo PS reformou o Estado, etc., não tem moral para dar lições e, o pretenso humor, afigura-se negro...

Para que se saiba, o Governo PS especialmente o de Guterres, fartou-se de criar Institutos, de os alargar, e de gerar outras figuras paralelas, criando uma segunda máquina do Estado para facilitar e levar avante uma duvidosa politica assente na falta de coragem de pôr nos eixos a máquina pública de que deveria cuidar, colocando o expert e o amigo no lugarzinho...

Um País com a dimensão de uma província espanhola, acaba por ter "um estadão" que uma simples direcção geral bem oleada e com gente competente, bem faria e melhor.

Portanto, eu em pensamento também me manifesto contrariada e contra este estado de coisas e exijo que estes senhorecos refaçam o Estado, que acabem com esses institutos que pouco mais sabem fazer que cobrar taxas para pagar carro, e mordomia, cuja utilidade é a de chatear o cidadão, que integrem as suas funções, aquelas que sejam úteis ao país, na hierarquia directa da administração pública do Estado, que pegue nesses funcionários os reclassifique regenere e que os injecte naquelas áreas onde há falta.
Quem já passa fome, não consegue deslocar-se para se manifestar.
Todo o cidadão tem de exigir seriedade e essa não se tem visto.
Adelina de F e Castro

Francisco Clamote disse...

Adelina:
Até concordo consigo em muita coisa:
no direito de manifestação, obviamente;
no excesso de organismos, idem, idem, a começar por juntas de freguesias com meia dúzia de residentes, concelhos com poucos milhares de eleitores, empresas municipais, etc. etc.
Em todo o caso, se algum governante tomou até hoje medidas para acabar com mordomias e privilégios da classe política, foi Sócrates. Essa é que essa! Veja o caso das reformas dos políticos, p.e. A limitação dos mandatos, outro exemplo. Poderia ter ido mais longe? Sem dúvida. Certo é, porém, que em matéria de reformas, não teve a vida facilitada pelas corporações de mãos dadas com as oposições. Eis o que eu acho.