O acordo firmado entre o ministro das Finanças e a delegação do PSD, chefiada pelo independente (?) Eduardo Catroga, só o é nominalmente, pois continua sem se saber onde é que se vão buscar 500 milhões de euros para, em 2011, se poder reduzir o défice público para 4, 6 % do PIB, em conformidade com os compromissos assumidos pelo Estado. É o que resulta, com meridiana clareza, das declarações do ministro Teixeira dos Santos.
Depois de ver e ouvir Eduardo Catroga, durante uma "eternidade", a meter os pés pelas mãos, sem possibilidade de se chegar a uma conclusão, coube também ao ministro esclarecer que a preocupação do PSD, durante as negociações, foi a de "dourar a pílula" e que foi o PSD quem, no final, se recusou a ficar na fotografia. Compreende-se.
Mas também se compreende que, graças ao PSD, alguém vai pagar a factura destinada, na proposta de Orçamento, aos contribuintes englobados no 4º, 5º e 6º escalões do IRS (agora excluídos dos limites às deduções em matéria de despesas de saúde e de educação).
Sairá a "fava" aos reformados ?
Pelo menos para o PSD, são estes os que estão na calha.