Empenhado noutras actividades que não as de mero consumidor de notícias, não tive oportunidade de ouvir, em directo, o discurso de Cavaco Silva, na sua re-tomada de posse como PR. Só hoje consegui lê-lo, de fio a pavio, tendo ao mesmo tempo ficado a saber que a direita parlamentar o "adorou", apesar de não passar de duma "boa salgalhada".
Diga-se que a posição da direita, face ao discurso de Cavaco, nada tem de surpreendente, até porque, quer o discurso presidencial, quer o discurso dos partidos da direita (CDS e PSD) para além de tenderem, cada vez mais, a confundir-se, têm também em comum o facto de serem construções na areia, onde, ainda por cima, nem as peças encaixam. É, aliás, por temerem que a construção lhes caia em cima que, nem o PR, nem a direita, se atrevem a passar das palavras aos actos.
Se isto não é impotência, é o quê?
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