Num exercício de ficção pretensamente humorístico (concedo que sem grande graça) descrevi aqui a composição dum futuro governo integrado pelos partidos (PSD, CDS,BE , PCP e PEV) que, em conjunto, acabavam de aprovar, na Assembleia da República, em votação unânime, 5 moções de rejeição 5 do PEC, determinando por essa forma a queda do actual Governo.
Nessa ficção atribuía eu a pasta da Educação a Mário Nogueira, líder da FENPROF e cabeça de cartaz das manifestações levadas a efeito contra a política educativa do Governo, muito longe de imaginar que a ficção estava bem próxima da realidade.
Explico-me: ganhe quem ganhar as eleições e, em particular, se o vencedor vier a ser o PSD, Mário Nogueira não vai ser o titular da pasta da Educação, como é evidente, mas não é menos evidente que depois da revogação do actual modelo de avaliação, ontem aprovada com os votos dos mesmos partidos, curvando-se às exigências da FENPROF (e com especial responsabilidade imputável ao PSD, dado que antes se manifestara contra tal medida e agora, na véspera de eleições, não só a aceitou, como a patrocinou, com o óbvio intuito de comprar votos) Mário Nogueira é quem passará a mandar no ministério da Educação. O titular da pasta será outro, mas o dono da pasta vai ser ele.
A irresponsabilidade é no que dá.
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