Retomando o título do "post" anterior, imperdoável, de verdade, é ver um Presidente da República que não abre o bico perante a crise que se anuncia, com trágicas consequências para o povo português. Manter-se alheado dos problemas do país, deve ser o significado da magistratura actuante, activa, ou lá o que é, da campanha eleitoral para as eleições presidenciais.
Não menos imperdoável é ver Passos Coelho, que ainda a 10 deste mês rejeitou associar-se à moção de censura apresentada pelo Bloco de Esquerda, em nome da estabilidade, para, dias depois, ser ele a promover a instabilidade, mostrando a mais completa intransigência em viabilizar, ou sequer negociar, as alterações ao PEC. E, todavia, vejam só, o homem mostra-se disposto, em versão em língua inglesa, a cumprir os objectivos fixados de consolidação das contas públicas e de redução do défice! Isto, só porque, no seu entender, não foram cumpridas umas quantas formalidades. Passos Coelho é, pois, um político de muito melindre que, pelos vistos, não se importa de, à conta dos seus melindres, pôr em causa os interesses do país.
E, finalmente, imperdoável é ver jornalistas e comentadores atribuírem a José Sócrates a responsabilidade pelo desencadear da crise, quando o primeiro-ministro, vários membros do Governo e o líder parlamentar do PS estão fartos de apelar a negociações.
Anda por aí muita irresponsabilidade à solta !
Anda por aí muita irresponsabilidade à solta !
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