"[...] José Sócrates demitiu-se mas continua vivo e há-de aproveitar o descanso que aí vem, muito bem-vindo, para recuperar a liberdade pessoal e política que perdeu. Com a demissão dele (de quem eu gosto e sempre gostei), posso eu bem. Ninguém pode é acusá-lo de querer baldar-se quando o exercício do poder, seja quem for que o exerça, não convém.
Sócrates tem absorvido e concentrado o ódio e o desvio nominalista que acha que a política é, tal como nas revistas cor-de-rosa, uma questão de nomes e de caras. Foi um primeiro-ministro corajoso e inteligente. Achar que Sócrates é culpado - e que removê-lo chega para nos poupar - é uma estupidez de todos os tempos"
(Miguel Esteves Cardoso, in "Público" - edição impressa de hoje)
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