Sócrates fez o favor de, em entrevista dada à SIC e à SICN, tornar as opções muito claras: com a rejeição na Assembleia da República das medidas avançadas pelo Governo e aceites por Bruxelas, o Governo fica impossibilitado de assumir qualquer compromisso perante as instâncias europeias com vista a assegurar a consolidação das contas públicas e, nessas condições, a entrada do FMI é inevitável, com o todo o cortejo de medidas draconianas que essa entrada implica.
Se, perante este cenário, que nos vai custar os olhos da cara, os partidos da oposição e, em particular, o PSD, se atrevem a rejeitar, à partida, qualquer espécie de negociação só porque se sentem melindrados pelo facto de não terem sido previamente ouvidos, é porque são completamente irresponsáveis. O fazer de conta que não sabem o que vai seguir-se, não os iliba de responsabilidade. Como diz o outro: cá se fazem, cá se pagam.
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