Alho-róseo (Allium roseum L.)
(Clicando na imagem, amplia)
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
"Marketing" para atrasados mentais
Diz-nos o "Público on line" que a campanha ultimamente levada a cabo por Passos Coelho, iniciada com o vídeo colocado no Facebook com a mensagem de Páscoa e depois transmitida, usque ad nauseam, pela SIC, e logo prosseguida com a aparição em força (dele e da família) nas chamadas revistas cor-de-rosa constitui uma jogada de marketing político montada pelos seus estrategas de campanha, tendo como alvo a classe média, em cujo eleitorado, segundo as sondagens, Passos Coelho não colhe grande simpatia.
Não sei se este marketing, resulta ou não resulta, nem se é eficaz, ou não, nem isso me preocupa grandemente. O que sei e é motivo da preocupação é que este tipo de marketing trata os eleitores como atrasados mentais a quem se pretende "vender" um político, não pelas suas qualidades, enquanto tal, mas recorrendo apenas à exposição da intimidade pessoal e familiar do "produto", exposição de que resulta ficar a saber-se que Passos Coelho é “um homem apaixonado” [razão para lhe darmos os parabéns] que gostava de ter mais filhos; um homem com quatro cadelas “a ficar já velhotas” (...) que gosta de cinema, de romances, que canta e que é especialista a fazer farófias, papos de anjo e queijadas" (informação esta particularmente relevante se a ideia for montar uma pastelaria em São Bento).
De facto, é preocupante, para o próprio Passos Coelho, pois ele vai passar a ser visto como um político medíocre que, à falta doutros argumentos, recorre, para se promover, a uma campanha que prima pelo ridículo e que trata os eleitores a quem se dirige como gente sem cabeça.
Preocupante ainda, porque, quanto a mim, esta constatação é mais que suficiente, se outras razões não houvesse, para não votar nele.
Preocupante ainda, porque, quanto a mim, esta constatação é mais que suficiente, se outras razões não houvesse, para não votar nele.
37 anos depois
O tempo presente pode ser de aperto e de dificuldades, mas nada justifica que um dos operacionais do 25 de Abril, Otelo, venha dizer que “Não teria feito o 25 de Abril se pensasse que íamos cair na situação em que estamos actualmente", dando assim razão a quem sempre o considerou como um "revolucionário" romântico, sem dúvida, mas inconsequente.
Convém lembrar a Otelo e a outros saudosistas do passado que o 25 de Abril nos trouxe, antes de mais, o bem inestimável da liberdade, bem que, porventura, só os que viveram durante a ditadura do "Estado Novo" estão em condições de avaliar devidamente, mas que pode ser facilmente perceptível para quem olhe o mundo à sua volta, numa altura em que se assiste a revoltas um pouco por toda a parte e, designadamente, nos países árabes, para derrubar odiosos regimes opressivos.
Mas não foi só a liberdade, ou o fim da guerra colonial. A frieza dos números mostra que o Portugal de hoje nada tem a ver com o Portugal de 1974. Basta atentar nestes, relativos à saúde e à educação:
No que àquela respeita dizem os números que: em 1974, a esperança de vida à nascença era de 68,2, anos, e em 2011 é de 78,9 anos; a mortalidade infantil era, em 1974, de 37,9 por mil crianças e em 2011 é de 3,6 por mil (uma das mais baixas a nível mundial); a despesa pública na área da saúde, era, em 1974, de 7 milhões de euros e é, em 2011, de 96326 milhões de euros; o número de médicos por cem mil habitantes era de 122,1 e é, hoje, de 377,1; e o número de casos de tuberculose, por cem mil habitantes era de 103,8 e é, actualmente, de 25,9.
Em grande medida, é preciso lembrá-lo aos mais distraídos, estes indesmentíveis progressos ficaram a dever-se ao Serviço Nacional de Saúde, sistema que a direita pretende agora desmantelar.
Se os números relativos à saúde são impressionantes, também na área da educação se verificaram progressos significativos. Senão vejamos: a despesa do Estado, na área da educação, representava em 1974, 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2011 a percentagem é de 5,1%; a taxa de alfabetização é actualmente de 95% da população e em 1981 (ano a que se refere a fonte de que me estou a servir - DN de ontem) ainda não ia além de 72,6%; a taxa de escolarização aos 15 anos era, em 1974, de 40% e em 2011, é de 99,7%; o número de alunos no ensino superior era de 57000 e é, hoje, de 383627.
Não são todos os números que, a este propósito, se poderiam invocar (faltam aqui, por exemplo, os números relativos aos doutorados que, de momento, não tenho à mão) mas os que aqui ficam bastam para se avaliarem os avanços que também nesta área se verificaram.
Sei que nem tudo foram rosas, nem tudo foram cravos, mas, ao contrário do que é voz corrente, a culpa (se de culpa se pode falar) por não terem sido alcançados todos os objectivos, não cabe tanto aos políticos (no geral, a meu ver, melhores e bem mais preparados do que a maioria da população - por muitos dos quais tenho admiração pela dedicação à res publica, mesmo em relação a vários com que não me identifico politicamente) mas antes à sociedade civil que não soube assumir, face à liberdade conquistada, as concomitantes responsabilidades. De facto, se atentarmos bem no facto de que a dívida privada (das famílias e das empresas) é, de longe, a maior componente do endividamento externo do país, fica a saber-se a principal causa das dificuldades financeiras com que, actualmente, nos debatemos e que estão na origem do pedido de ajuda externa. Ignorar o facto e imputar ao Estado (a este Governo ou aos anteriores) as principais responsabilidades pela situação é meter a cabeça na areia e perpetuar as dificuldades. Enquanto não se puser termo ao consumismo excessivo, recorrendo ao crédito sem pensar no dia de amanhã, nada vai mudar, por muito que o Estado venha a cortar na despesa pública. Tenho esse resultado como certo.
domingo, 24 de abril de 2011
O que é demais enjoa
Ontem a "Pública" do "Expresso" dedicou-lhe uma peça com dez páginas com o título "Pedro Passos Coelho - O senhor que se segue", com texto da "vidente" Rosa Pedroso Lima, além duma fotografia a ocupar toda a capa.
Para não ficar atrás, o CM ocupou-se também da família Passos Coelho, (imagem supra) e, através do CM, ficámos a saber que Passos Coelho "nos doces é imparável".
Face a tão relevante informação, é caso para perguntar: será que Passos Coelho anda à procura de emprego como pasteleiro?
Como se costuma dizer, tudo o que é demais enjoa. Um especialista em doces, como Passos Coelho, há muito que o devia saber.
Eu, que até não sou doceiro, já estou a ficar enjoado.
sábado, 23 de abril de 2011
Taça da Liga: Benfica 2 - 1 Paços de Ferreira (Golos - vídeos)
Ainda que pela margem mínima (2-1) o Benfica derrotou o Paços de Ferreira, em Coimbra, na final da Taça da Liga.
Para os benfiquistas, ganhar este troféu, pela terceira vez consecutiva, depois da derrota na Luz frente ao Futebol Clube do Porto (FCP) nas meias-finais da Taça de Portugal e depois da desilusão que foi o campeonato, sabe, por certo, a pouco. Foi, no entanto, o possível, face a um FCP, esta época, imparável.
Contentem-se, que isto é melhor do que nada.
Vejamos os golos:
Golo de Jara (Benfica)
Golo de Luisão (pb)
Golo de Javi Garcia (Benfica)
Dois pesos e duas medidas
Passos Coelho criticou o Governo por ter concedido, como é da tradição, tolerância de ponto na tarde de quinta-feira santa.
Na Madeira, por decisão do Governo regional do seu companheiro de partido, Alberto João Jardim, os funcionários públicos tiveram direito a dois dias (quinta-feira e sábado) e quem esteve hoje a trabalhar, poderá tirar um dia de folga noutra altura.
Não ouvi a Passos Coelho uma palavra sobre o assunto, quanto mais uma palavra de censura, como também ainda lhe não ouvi ainda uma palavra sobre a tradição, esta por demais escandalosa, de "o Governo de Jardim dar tolerância na primeira sexta-feira de Agosto, para permitir aos funcionários públicos assistirem ao Rali Vinho da Madeira".
Belo exemplo do que é a "moralidade" do PSD: para o PSD-Madeira a "moralidade" traduz-se no lema "Trabalhar? Que trabalhem os do "Contenente"; no PSD nacional fiquemo-nos pelo "dois pesos e duas medidas".
Belo exemplo do que é a "moralidade" do PSD: para o PSD-Madeira a "moralidade" traduz-se no lema "Trabalhar? Que trabalhem os do "Contenente"; no PSD nacional fiquemo-nos pelo "dois pesos e duas medidas".
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Razão de queixa
A IMPRESA de Pinto Balsemão fez ontem passar nos noticiários dos seus canais de televisão esta peça de propaganda como se fosse notícia. Tratando-se de uma produção tão rasca e de efeitos claramente contraproducentes, o PSD tem todo o direito de apresentar queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Que mais não seja para prevenir, no futuro, casos idênticos, pois não se sabe até onde é que Balsemão é capaz de ir para dar cabo da imagem do líder do PSD.
Remodelação "governamental"
Passos Coelho, ao ter conhecimento desta notícia, procedeu já a uma remodelação no governo que, diz ele, já está formado na sua cabeça. Ou melhor dizendo, estava formado, porque Miguel Relvas acaba de trocar de pasta: vai para ministro dos Negócios Estrangeiros, visto ter dado provas de que é um talentoso e hábil diplomata, perito em relações internacionais e dotado de grande sentido das conveniências.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Observação dos dias
Para o PSD e para Passos Coelho, a coisa está a ficar preta e, entre os seus apoiantes, já nem sequer se disfarça a incomodidade. E mais: já andam à procura de bodes expiatórios. Exemplos: aqui; aqui; e aqui.
(Reeditada)
"Com o rei na barriga"
"Escolha acertada" (III)
Para o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas (e cela va sans dire, para o responsável pela escolha, Passos Coelho) a opção pela figura de Fernando Nobre para encabeçar a lista do PSD às próximas legislativas, por Lisboa (e para presidir à Assembleia da República!) foi uma "escolha acertada", não obstante a acesa controvérsia que tal escolha suscitou entre a militância do partido, controvérsia que mais se agravou depois da entrevista dada ao "Expresso" por Fernando Nobre, onde este deixou claro que, na hipótese de não ser "nomeado" (sic) para o cargo de presidente da Assembleia da República, renunciaria de imediato ao mandato de deputado.
O mesmo Miguel Relvas considerou que, depois da lamentável e penosa entrevista dada por Fernando Nobre à RTP, "ficou tudo esclarecido".
Ora, parece que não é bem assim.
Depois de várias outras personalidades do partido, coube agora a vez de António Capucho dizer de sua justiça sobre a escolha de Fernando Nobre e sobre a sua própria recusa em candidatar-se às próximas eleições. Tudo muito bem explicadinho, em carta agora vinda a público.
Vale a pena lê-la: aqui.
O recorde de Cavaco
E, quanto a mim, Cavaco ainda pode progredir. Tem todas as "condições" para bater o seu próprio recorde, por larga margem.
Não são favas contadas (III)
Segundo a sondagem da Marktest para o Económico e TSF, "o PS e o PSD estão tecnicamente empatados a seis semanas das eleições legislativas de 5 de Junho mas, entre Março e Abril, os socialistas subiram 11 pontos percentuais para os 36% assumindo a liderança das intenções de voto, enquanto os social-democratas caíram 12 pontos para os 35%".
Querem lá ver que o Governo de Passos Coelho vai continuar a estar (e só) na cabeça dele !
Taça do Rei: Real Madrid 1 - 0 Barcelona (Golo - vídeo)
Graças a um golo de Cristiano Ronaldo, no prolongamento, o Real Madrid venceu o Barcelona na final e conquistou a Taça do Rei.
Afinal, o Barcelona não é invencível, nem há vencedores antecipados. Ainda bem, pois doutra forma um jogo de futebol não passava duma sensaboria.
O golo:quarta-feira, 20 de abril de 2011
Mais um tiro no pé
Se bem ajuizo, secundando esta leitura, a escolha do cabeça de lista do PSD, por Viana do Castelo, foi mais um tiro no pé.
Que digo eu ? No pé? Não, no Coelho.
Que digo eu ? No pé? Não, no Coelho.
Dez ou menos
Por este andar, Passos Coelho, mais dia, menos dia, chega aos meus números!
Direi mais: se Passos admite que programa do PSD será igual ao do FMI, para o executar não é necessário todo um ministério. A delegação do FMI executará o seu próprio programa melhor que ninguém.
Suponho que é isto mesmo o que Passos Coelho queria dizer quando garantiu: “Eu tenho o Governo na minha cabeça”. De facto, com a governação entregue ao FMI, basta uma cabeça. Supostamente, a dele.
(reeditada)
Direi mais: se Passos admite que programa do PSD será igual ao do FMI, para o executar não é necessário todo um ministério. A delegação do FMI executará o seu próprio programa melhor que ninguém.
Suponho que é isto mesmo o que Passos Coelho queria dizer quando garantiu: “Eu tenho o Governo na minha cabeça”. De facto, com a governação entregue ao FMI, basta uma cabeça. Supostamente, a dele.
(reeditada)
terça-feira, 19 de abril de 2011
Toma lá uma côdea!
É esta filosofia do Queres dinheiro? Toma lá uma côdea* que o leva a defender que o próximo Governo deve criar um "cartão social de débito" por forma a que os beneficiários só possam trocar esse crédito pelos géneros para que foi pensado.
Temos pois que, para Diogo Leite de Campos, os apoios sociais são esmolas e os cidadãos carenciados devem ser tratados como mendigos.
Não sei se esta é a filosofia que o PSD pretende implementar em matéria de solidariedade social, mas como o vice-presidente do PSD, Diogo Leite de Campos, ainda não foi desautorizado pela direcção do seu partido, é de temer o pior.
(* Peço desculpa: não é côdea, é croissant)
(* Peço desculpa: não é côdea, é croissant)
Observação dos dias
Apesar da "trovoada" que por aqui vai, as plantas continuam a a florir ...
... e as aves a nidificar ...
[Erva-divina (Armeria welwitschii Boiss.)]
... e as aves a nidificar ...
[Cisne-branco (Cygnus olor Gmelin)]
...e a procriar.
[Fêmea de Pato-real (Anas platyrhynchos L.)
domingo, 17 de abril de 2011
Requiem por uma candidatura
Afinal, Fernando Nobre (acabo de ouvi-lo na RTP) já não garante que venha a renunciar ao mandato de deputado, caso não venha a ser "nomeado" (sic) presidente da Assembleia da República. Decidirá, no momento próprio, tendo em conta o superior interesse do país, pois, resumindo, o "nobre" candidato só tem uma preocupação: "servir Portugal".
Armar em "salvador da pátria", foi só mais um dos vários dislates que proferiu ao longo da entrevista, onde no entanto, o que mais sobressaiu foi a pirueta do candidato, pirueta que já era facilmente antecipável depois de Passos Coelho ter afirmado hoje no Conselho Nacional do PSD que estava à espera que Nobre viesse a esclarecer esta noite, em entrevista à RTP1, “alguns pontos” sobre a entrevista que deu ao “Expresso”, na qual afirmou que renunciará ao cargo de deputado caso não seja eleito Presidente da Assembleia da República.
Não surgiu qualquer esclarecimento relevante. Sobrou a pirueta, pelo que se pode dizer que, no caso, a emenda saiu pior que o soneto. Para quem acompanhou a entrevista, ficou claro que Nobre não passa dum megalómano e dum indivíduo politicamente inepto. Nesse sentido, não é ousado afirmar que Fernando Nobre é, tal como Passos Coelho, "um homem invulgar". Não admira, pois, que os dois se entendam.
Paz à sua candidatura!
Venha o diabo e escolha...
Não sei se Paula Teixeira da Cruz fala verdade, ou não. Mesmo que seja verdadeira a afirmação, a alternativa em aberto (foi o PSD quem tomou a iniciativa de oferecer o cargo a Nobre) não é mais favorável ao PSD. Seja assim, ou seja assado, estamos perante um caso de corrupção política, pois uma coisa é certa: Nobre só aceitou candidatar-se porque o PSD lhe assegurou o lugar. A sua garantia de que se não “for eleito presidente da Assembleia da Republica” renuncia “imediatamente ao cargo”, não deixa lugar a dúvidas.
"Escolha acertada" (II)
"É uma fraude, é uma burla" (Marques Mendes a comentar a afirmação de Fernando Nobre de que renunciará ao mandato de deputado se não conseguir ser eleito presidente da Assembleia da República.)
A escolha de Fernando Nobre, pelo PSD, para o cargo de Presidente da Assembleia da República “não faz sentido nenhum” (Barbosa de Melo, militante do PSD e ex-presidente da AR)
A escolha de Fernando Nobre, pelo PSD, para o cargo de Presidente da Assembleia da República “não faz sentido nenhum” (Barbosa de Melo, militante do PSD e ex-presidente da AR)
No PSD a tradição ainda é o que era...
"A maioria dos críticos e dos barrosistas foi afastada ou despromovida" (Lido no "Expresso" de hoje)
Passos Coelho não fica atrás da sua "saudosa" antecessora.
Passos Coelho não fica atrás da sua "saudosa" antecessora.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Uma "rica" lista
A lista dos cabeças de lista do PSD às próxima eleições é uma "rica" lista. Tem Moedas. Em Beja.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
A árvore das patacas
Começa agora a saber-se quanto vai custar ao país o negócio de titularização de receitas fiscais no valor de 11,44 mil milhões de euros cedidas pelo Estado ao Citigroup contra a entrega de 1,76 mil milhões de euros celebrado pela então ministra das Finanças do Governo Barroso - Portas, Manuela Ferreira Leite: em Fevereiro deste ano a conta já ia em 300 milhões de euros a que há que somar mais 554,9 milhões correspondentes ao valor das dívidas fiscais incluídas na titularização e que se revelaram incobráveis.
Mas as surpresas deste negócio (tão transparente que o negócio foi celebrado por ajuste directo, apesar de conselhos em contrário, e a então ministra, embora com atraso, limitou-se a enviar ao Parlamento os contratos escritos em inglês e com valores em branco) não se ficam por aqui. Imagine-se só que a taxa de juro implícita na operação atingiu os 17,5% !
O Citigroup, graças a Ferreira Leite, descobriu a "árvore das patacas" num negócio congeminado, à partida, como ruinoso para o Estado português e que é um verdadeiro exemplo de verdade, rigor e transparência!
(Imagem daqui)
(Reeditado)
(Imagem daqui)
(Reeditado)
Uma boa pergunta
"O PÚBLICO divulgou hoje na íntegra (link) uma carta de Passos Coelho a Sócrates, que teria sido entregue esta manhã durante a reunião entre uma delegação do PSD e o governo. Em anexo à referida carta, uma enorme listagem “da informação que o PSD considera essencial para as suas análises”.
Como o PSD teve longas reuniões com o Governo há não muitos meses sobre o Orçamento e os PECs, é caso para perguntar se então assinou de cruz."
(Uma boa pergunta do José Carlos Mégre. Pode ler o restante aqui.)
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Cálculo de probabilidades
Calculo eu que esta afirmação não tem qualquer base de sustentação, dado o facto conhecido de Sócrates ter procurado obter, ainda antes de formar Governo, uma qualquer forma de entendimento com os outros partidos com representação parlamentar, com vista a assegurar a estabilidade governativa. Muitíssimo mais provável é que a Sócrates não tivesse sequer passado pela cabeça que o PCP e o BE estariam tão disponíveis para fazer fretes à direita como, ao longo da legislatura ora interrompida, se veio a verificar, tantas vezes.
E o mesmo pensaria muito boa gente.
É fácil...
"Eu não consigo explicar isto", diz Santana Lopes no vídeo.
Todavia, é fácil compreender a aldrabice de Passos Coelho: pouca vergonha, e "pressa de chegar ao pote", por parte dele e dos companheiros que ameaçavam apeá-lo se não fosse para eleições.
O que eu não consigo explicar é a pressa, porque se lá chegarem, do que duvido cada vez mais, não ficarão agarrados ao "pote" por muito tempo. O tempo, porventura, o dirá.
"Pressão injusta e arbitrária"
"Portugal não necessitaria de um resgate se não tivesse ficado sob uma pressão “injusta a arbitrária” dos mercados, afirma o sociólogo Robert M. Fishman, da Universidade de Notre Dame, nos EUA.
Esta ideia é defendida na coluna de opinião de Fishman desta semana no New York Times, onde diz também que o pedido de ajuda de Portugal à União Europeia e ao FMI deve ser visto como “um aviso às democracias em todo o lado”
Robert M. Fishman, cuja actividade de investigação se dedica a tópicos como democracia e práticas democráticas ou as consequências da desigualdade, o pedido de ajuda de Portugal “não é na verdade por causa da dívida”.
Apesar de o país ter apresentado “um forte desempenho económico nos anos 1990 e estar a gerir a sua recuperação da recessão global melhor do que vários outros países na Europa”, ficou sob a pressão “injusta a arbitrária dos negociantes de obrigações, especuladores e analistas de crédito”, que “por vistas curtas ou razões ideológicas” conseguiram “fazer cair um governo eleito democraticamente e potencialmente atar as mãos do próximo”.
Apesar de o país ter apresentado “um forte desempenho económico nos anos 1990 e estar a gerir a sua recuperação da recessão global melhor do que vários outros países na Europa”, ficou sob a pressão “injusta a arbitrária dos negociantes de obrigações, especuladores e analistas de crédito”, que “por vistas curtas ou razões ideológicas” conseguiram “fazer cair um governo eleito democraticamente e potencialmente atar as mãos do próximo”.
Fishman sublinha que a crise em Portugal é “completamente diferente” das vividas pela Grécia e pela Irlanda, e que as “instituições e políticas económicas” tinham “alcançado um sucesso notável” antes de o país ter sido “sujeito a ataques sucessivos dos negociantes de obrigações”.
Nota que a dívida pública é bastante inferior à italiana e que o défice orçamental foi inferior ao de várias outras economias europeias e avança duas hipóteses para o comportamento dos “mercados”: cepticismo ideológico dobre o modelo de economia mista (publica e privada) vigente até agora em Portugal e/ou falta de perspectiva histórica.
“Os fundamentalistas do mercado detestam as intervenções de tipo keynesiano em áreas da política de habitação em Portugal – que evitou uma bolha e preservou a disponibilidade de rendas urbanas de baixo custo – e o rendimento assistencial aos pobres”, diz ainda Fisherman no seu texto, intitulado “O resgate desnecessário a Portugal”.
Neste cenário, acusa as agências de notação de crédito (rating) de, ao “distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal”, terem “minado quer a sua recuperação económica, quer a sua liberdade política”.
E conclui que o destino de Portugal deve constituir “um claro aviso para outros países, incluindo os Estados Unidos”, pois é possível que o ano em curso marque o início de uma fase de “usurpação a democracia por mercados desregulados”, e em que as próximas vítimas potenciais são a Espanha, a Itália ou a Bélgica, num contexto em que os governos têm “deixado tudo aos caprichos dos mercados de obrigações e das agências de notação de crédito”.
A esta brilhante análise só falta acrescentar, para melhor se compreender a necessidade do resgate, a irresponsabilidade dos partidos que inviabilizaram o PEC.
Dois ou três é quanto basta
Já que fiz a pergunta, no post anterior, sobre se dez pessoas não seria gente a mais para o "Governo pequeno" que Passos Coelho anda ansioso por formar, há que dar a resposta.
Ainda estou para perceber a ânsia de Coelho, mas para a pergunta já tenho resposta. A meu ver, dois ou três ministros, com ele incluído, é quanto basta. Dois (Passos e Portas) bastariam num Governo apoiado pelo PSD e pelo CDS (partido que Coelho faz questão de chamar a colaborar). Três, seria, porém, o ideal para o Governo ter uma base de apoio mais alargada, incluindo um independente. Em tal caso, atrever-me-ia até a dizer que se a escolha viesse a recair em Bagão Félix seria como sopa no mel: Bagão ainda é "independente", tanto quanto julgo, é amigo do peito de Portas e está em boas condições para fazer a ponte entre o Governo e Cavaco (que nele confia, pois ainda recentemente o nomeou como conselheiro de Estado) e é homem de levar e trazer, como o demonstra um episódio recente. Além do mais, esta ponte parece-me indispensável para assegurar uma boa colaboração entre PR e o Governo Passos - Portas, porque Cavaco destes dois já não se fiava há muito e agora, depois do negócio Passos - Nobre (adversário de Cavaco nas presidenciais) muito menos.
Ainda estou para perceber a ânsia de Coelho, mas para a pergunta já tenho resposta. A meu ver, dois ou três ministros, com ele incluído, é quanto basta. Dois (Passos e Portas) bastariam num Governo apoiado pelo PSD e pelo CDS (partido que Coelho faz questão de chamar a colaborar). Três, seria, porém, o ideal para o Governo ter uma base de apoio mais alargada, incluindo um independente. Em tal caso, atrever-me-ia até a dizer que se a escolha viesse a recair em Bagão Félix seria como sopa no mel: Bagão ainda é "independente", tanto quanto julgo, é amigo do peito de Portas e está em boas condições para fazer a ponte entre o Governo e Cavaco (que nele confia, pois ainda recentemente o nomeou como conselheiro de Estado) e é homem de levar e trazer, como o demonstra um episódio recente. Além do mais, esta ponte parece-me indispensável para assegurar uma boa colaboração entre PR e o Governo Passos - Portas, porque Cavaco destes dois já não se fiava há muito e agora, depois do negócio Passos - Nobre (adversário de Cavaco nas presidenciais) muito menos.
Avancemos na explicação:
Não é segredo para ninguém que Passos Coelho, se pretende formar uma aliança pós-eleitoral com o CDS, deseja com muito maior intensidade o apoio do FMI para governar. Aliás, como é sabido, o homem tanto se esforçou que conseguiu mesmo abrir-lhe a porta.
Agora que já cá está, só tem que aproveitar, pois o pessoal do FMI não se faz rogado e por onde anda é ele quem manda. Ministros, pois, para quê ? Com o FMI portas adentro e com o desejo que Passos Coelho tem manifestado de que seja o FMI a dar ordens, o Governo à moda de Passos não passaria de um Governo-faz-de-conta, cabendo-lhe, quando muito, assegurar, formalmente, a representação do Estado. Logo, dois ou três ministros seriam mais que suficientes para compor o ramo. É verdade que, embora mandando, o FMI vai precisar de operacionais para levar a cabo as medidas decididas pelo seu pessoal, dificuldade que, no entanto, será facilmente ultrapassável com uns tantos secretários de Estado, ou "ajudantes", para utilizar a famosa expressão de Cavaco. Passos e Portas podem não ter gente disponível, com capacidade para ser ministro, mas para "ajudante" sempre conseguirão arranjar uns quantos fiéis.
Solução fácil, não é ? Não garanto é que saia mais barata.
Solução fácil, não é ? Não garanto é que saia mais barata.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Dez não será gente a mais ?
Depois das sucessivas recusas de militantes do PSD em aceitar candidatar-se a deputados nas próximas eleições legislativas, fazendo questão, por algum motivo, de dar a conhecer o seu não (e já vão 4: Manuela Ferreira Leite, Luís Marques Mendes, António Capucho e Luís Filipe Menezes) começa a vislumbrar-se uma possível explicação para o desejo manifestado por Passos Coelho de vir a ter um governo pequeno. De facto, se ele já tem tanta dificuldades em arranjar, entre os seus companheiros de partido, quem se disponha a vir a ser deputado, onde é que Coelho iria arranjar gente para formar um Governo, não digo nem pequeno nem grande, mas competente ?
Pergunto-me mesmo se, para Passos Coelho, um Governo de dez pessoas não será gente a mais !
O melhor mesmo, digo eu, é que não venha a ter Governo nenhum. Seria um descanso, a começar por ele.
"Escolha acertada"
Nobre não tem perfil para presidir ao Parlamento (Morais Sarmento no programa "Falar Claro" da RR)
"Escolha acertada" diz Miguel Macedo. Está mesmo a ver-se, não está ?
"Escolha acertada" diz Miguel Macedo. Está mesmo a ver-se, não está ?
Desnorteado
O "Público", na sua edição de ontem, atribuia a Passos Coelho uma seta para cima, como se vê na reprodução supra.
Hoje, o parceiro do negócio, Fernando Nobre, leva com uma seta para baixo:
Se isto não é desnorte, será o quê?
Mente como gente grande
O "puto de Massamá", depois de ter afirmado que os contactos mantidos, antes da apresentação do PEC em Bruxelas, entre o primeiro-ministro e ele próprio, não tinham ido além dum telefonema e de, ao longo de semanas, ter feito circular a mesma versão através da sua tropa, eis que vem a saber-se pela boca do próprio - "pela boca morrre o peixe" - que, afinal, houve uma reunião em S.Bento entre José Sócrates e Passos Coelho para discutir o PEC 4, tendo o telefonema servido apenas para marcar o encontro entre ambos.
Posto perante a mentira descarada e longamente mantida, Passos Coelho ainda tem a "distinta lata" de se desculpar dizendo que nem todas as reuniões têm que ser tornadas públicas. Pois não, mas parece não estar muito em conformidade com a ética andar semanas a impingir o contrário.
A mentir como gente grande, Passos, depois da argolada Fernando Nobre, continua a dar passos no "bom" caminho.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Escolha acertada
Também acho. Direi mesmo que as reacções, vindas de todos os quadrantes, incluindo, ao contrário do que Macedo pretende fazer crer, as surgidas no interior do seu próprio partido*, demonstram clarissimamente que a escolha foi acertadíssima para fazer perder votos ao PSD.
E tão "acertada" ela foi que nem o próprio Miguel Macedo se atreve a dizer que Fernando Nobre tem perfil para ser presidente da Assembleia da República.
Com a escusa em responder às perguntas que a tal propósito lhe foram feitas sempre se livrou de cair no ridículo. E mostrou que tem algum bom senso que é coisa rara lá por aquelas bandas.
(* À atenção do Dr. Miguel Macedo:
É Possível Racionalizar o Convite a Nobre? Não
O convite a Fernando Nobre: "acho uma péssima ideia o convite a Fernando Nobre para encabeçar a lista de deputados pelo círculo de Lisboa, no intuito já revelado de ser o futuro candidato a Presidente da Assembleia da República. A meu ver, esse convite é prejudicial tanto ao PSD como ao próprio Fernando Nobre.")
(* À atenção do Dr. Miguel Macedo:
É Possível Racionalizar o Convite a Nobre? Não
O convite a Fernando Nobre: "acho uma péssima ideia o convite a Fernando Nobre para encabeçar a lista de deputados pelo círculo de Lisboa, no intuito já revelado de ser o futuro candidato a Presidente da Assembleia da República. A meu ver, esse convite é prejudicial tanto ao PSD como ao próprio Fernando Nobre.")
Traficâncias
O negócio entre Passos Coelho e Fernando Nobre (FN), com aquele a prometer a este a presidência da Assembleia da República, como contrapartida para este aceitar candidatar-se nas próximas eleições, como cabeça de lista do PSD pelo círculo de Lisboa, para além de escandaloso pelo que representa de traficância política, que a ambos desonra, foi mal recebido pelos apoiantes da candidatura de FN à presidência da República. As críticas surgidas na Página oficial de Fernando Nobre do Facebook foram tantas ou tão poucas que a solução foi apagá-la.
As críticas, aliás, não são dirigidas exclusivamente ao "nobre" candidato. Uma volta pelos blogues afectos à direita e mesmo ao PSD é suficiente para constatar que Passos Coelho também leva pela medida grossa.
O oportunismo político, infelizmente, nem sempre é sancionado, mas quando se ultrapassam certos limites, paga-se caro. É a conclusão a tirar e ainda bem, porque neste caso, ultrapassaram-se todos os limites da decência. Não sei mesmo o que é mais digno de espanto: se o vale-tudo de Passos Coelho que não hesitou em traficar um cargo público que, por enquanto, não está na sua disponibilidade e ainda por cima a favor de alguém que não tem, nem condições, nem experiência política e parlamentar para o ocupar, se a incoerência e fome de protagonismo de que o "nobre" candidato deu provas.
Seja como for, o seu comportamento revela que nem um, nem outro são merecedores de confiança. Sobre Passos já não tinha dúvidas. Sobre o "nobre" candidato fiquei a saber.
domingo, 10 de abril de 2011
Haja pudor !
Julgo não errar se disser que é primeira vez que se assiste a este tipo de negócio que mostra bem que as partes que nele intervieram não têm, nem vergonha, nem pudor. Não o tem Fernando Nobre que aceitou (com muita dificuldade, diz ele) o convite do PSD para encabeçar a lista por Lisboa nas próximas eleições legislativas, a troco da promessa de vir a ocupar a Presidência da Assembleia da República. E também não o tem Passos Coelho que, ainda antes de ganhar as eleições e não podendo saber se as vai vencer, ou não, porque os eleitores ainda não foram às urnas, já começou a traficar sobre cargos públicos.
Um negócios destes tem nome: é uma indignidade. Com gente desta, hipócrita e sem um mínimo de vergonha, é de esperar o pior.
"Portugal Amordaçado"
O livro de Ribeiro Cardoso, com o título "Jardim, a grande fraude - uma radiografia da 'Madeira Nova'", onde o autor põe a nu o que tem sido a política de Alberto João Jardim, viu a sua apresentação na Madeira, ser cancelada devido a impossibilidade do aluguer de uma sala, após “diversos contactos que se revelaram infrutíferos”.
Não é difícil imaginar que tal ficou a dever-se a pressões vindas, já se sabe, do Governo Regional.
Não é difícil imaginar que tal ficou a dever-se a pressões vindas, já se sabe, do Governo Regional.
Este boicote, talvez ainda mais que os dados revelados pelo livro de Ribeiro Cardoso, mostra que na Madeira ainda se vive um clima de medo.
Mais de três décadas depois do 25 de Abril, ainda há um "Portugal Amordaçado". Na Madeira, precisamente, onde governa um ditador grotesco que dá pelo nome de Alberto João Jardim.
Quosque tandem ?
Pau para toda a colher
O anúncio de que Fernando Nobre será o cabeça-de-lista do PSD pelo círculo de Lisboa nas próximas eleições legislativas, mostra à evidência que:
1- O PSD é um "deserto" onde não é possível encontrar uma personalidade com estatuto, notoriedade e capacidade para encabeçar a lista pelo circulo eleitoral mais importante do país;
2- Fernando Nobre confirma, duma vez por todas, aquilo que já se dizia na campanha eleitoral: politicamente é um "cabeça oca", disposto a servir de pau para qualquer colher, desde que isso lhe permita permanecer na ribalta e obter alguma visibilidade pública.
A uma tristeza de líder, junta agora o PSD uma tristeza de candidato. Ou, por outras palavras: com esta opção, o PSD dá-nos uma soma de - que nunca vai dar +.
A uma tristeza de líder, junta agora o PSD uma tristeza de candidato. Ou, por outras palavras: com esta opção, o PSD dá-nos uma soma de - que nunca vai dar +.
E não custa imaginar o desencanto de quem votou a favor de Nobre nas últimas eleições presidenciais!
Frase do dia
“Este não é tempo para embarcar em aventuras ou para governantes à experiência. Não é tempo para ideias perigosas nem para desvios por caminhos arriscados. O tempo não é de rupturas nem de cartilhas ideológicas radicais. O tempo é de garantir o essencial: garantir segurança às pessoas, garantir segurança às famílias”
(José Sócrates, no discurso de encerramento do Congresso do PS)
sábado, 9 de abril de 2011
Missão cumprida
Ouvir agora Cavaco dizer que o chefe de Estado “não tem meios para realizar negociações”, pois não dispõe de ministérios, nem de grupos de apoio técnico, nem tal é permitido pela Constituição consente uma dupla leitura. ´
Significa, por um lado, que tudo o que Cavaco andou a apregoar durante a campanha para as eleições presidenciais, com a constante invocação da sua competência e a promessa de uma "magistratura activa" não passou de um logro. Mas contribui também para clarificar o conceito cavaquiano da dita "magistratura activa" de que tantas vezes falou. Se Cavaco nos vem dizer agora que o chefe de Estado (ou seja, ele) não pode fazer mais do que aquilo que já fez, cabe-nos a nós concluir que a "magistratura activa" se esgotou com a demissão do Governo a que ele abriu caminho com os discursos proferidos, no dia das eleições e na data em que tomou posse na Assembleia da República.
Ou seja, Cavaco considera que já cumpriu a missão para que a direita o elegeu. Sendo assim, já pode renunciar, pois o seu trabalho está feito.
Estou de acordo e direi mais: se o "puto" não "chegar ao pote" (ver post anterior), Cavaco não só pode, como tem a estrita obrigação de renunciar. Estou para ver se é homem para assumir essa responsabilidade
Negócios de "família"
Cavaco, durante o desencadear e o desenrolar da crise, manteve-se em silêncio, tornando legítima a suspeita de que teria ficado afónico devido a algum vírus apanhado durante os virulentos discursos por ele proferidos, um, logo após o conhecimento dos resultados das eleições presidenciais e o outro na data da sua tomada de posse. Durante aquele período, de Cavaco o mais que se ouviu, foi a afirmação de que não teve margem de manobra para intervir na resolução da crise, o que fazia supor, uma vez que entre o anúncio do despoletar da crise e a sua consumação duraram algumas semanas, que o homem teria ficado paralítico.
Vê-lo agora, depois de consumada a crise política (desencadeada com a rejeição do PEC e com a demissão do Governo) pedir responsabilidades e consensos aos partidos políticos para que aceitem comprometer-se com o pedido de ajuda financeira externa que, já se sabe por declarações dos dirigentes de Bruxelas, só virá, em condições mais gravosas do que as previstas no PEC rejeitado pelos mesmos partidos a que agora faz apelo, prova que, afinal, Cavaco, não só não estava afónico, como também não estava paralítico.
A constatação deixa-nos, naturalmente, satisfeitos ao verificar que o inquilino de Belém ainda está em funções, do que chegou a ser lícito duvidar.
Fica, no entanto, a faltar a explicação para a estranha paralisia que durante semanas o acometeu.
Adianto esta: o "puto*" manifestou ao "paizinho", em linguagem infantil, que não deixa dúvida sobre a idade mental do "puto", que queria chegar "ao pote". O "paizinho" fez-lhe a vontade, como facilmente se compreende. Qual o "paizinho" que não faria a vontade ao "puto"?
* Leia-se: PPC.
(Título reeditado)
(Título reeditado)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Tal é a confiança ...
...em Passos Coelho (PPC) que Manuela Ferreira Leite, convidada para encabeçar a lista do PSD, por Lisboa, nas próximas eleições legislativas, recusou.
(Está confirmado pelo próprio PPC e, para que conste, aqui fica o registo.)
(Está confirmado pelo próprio PPC e, para que conste, aqui fica o registo.)
Mea culpa
“Reafirmo, perante os portugueses, que o actual Governo contará com todo o meu apoio para que não deixem de ser adoptadas as medidas indispensáveis a salvaguardar o superior interesse nacional e assegurar os meios de financiamento necessários ao funcionamento da nossa economia” (Mea culpa de Cavaco Silva, no Facebook)
Mea culpa a desoras: o mal está feito. É caso para, com propriedade, dizer: "tarde piaste".
Mea culpa a desoras: o mal está feito. É caso para, com propriedade, dizer: "tarde piaste".
Golpada suspensa
Se Cavaco Silva tomou esta decisão, numa altura destas, é porque a golpada perpretada, nas vésperas da dissolução da AR., por todos os partidos da oposição, não passava de uma escandalosa espécie de caça ao voto. E tão clara, que dava demasiado nas vistas.
Alegria breve
Os irresponsáveis que, com a conivência ou sob a inspiração de Cavaco, rejeitaram a aprovação do PEC, levando à demissão do Governo, os mesmo que nos garantiam que a crise política não afectaria o rating da República, nem teria consequências ao nível da taxas de juro no financiamento da dívida pública e da economia em geral, conseguiram, no espaço de escassas semanas, que os juros tivesssem atingido valores incomportáveis e que tivesse secado o crédito à economia portuguesa, forçando o Governo a solicitar a ajuda financeira externa. A pronta manifestação de estarem agora dispostos a aceitar medidas mais gravosas do que as incluídas no PEC, revela que a intervenção do FMI era mesmo o objectivo prosseguido. E, por isso, estão felizes.
Espero que a alegria seja breve: o país vai pagar, com língua de palmo, a sua irresponsabilidade; a esses tais e a Cavaco faço votos para que a castanha lhes venha a estalar na boca. E quanto mais depressa, melhor.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Fazer o mal e a caramunha
De facto não conseguiu. Louçã, porém, não pode escamotear a responsabilidade que também lhe cabe no facto de Portugal de não ter outra alternativa, uma vez que também contribuiu, com a rejeição do PEC, para que o país estivesse na actual situação.
Louçã esquece que, com a rejeição do PEC, as notações da dívida da República desceram em catadupa e os juros subiram num ápice, atingindo valores incomportáveis.
Louçã pode ter fraca memória, mas eu, por exemplo, não esqueço.
Louçã esquece que, com a rejeição do PEC, as notações da dívida da República desceram em catadupa e os juros subiram num ápice, atingindo valores incomportáveis.
Louçã pode ter fraca memória, mas eu, por exemplo, não esqueço.
Não são favas contadas
Em relação ao último barómetro (Outubro), o PS recupera, pois, 7%, o PSD desce 1%, o BE passa de 12% para 6% (cá se fazem, cá se pagam) e o CDS (7%) e a CDU (8%) mantêm os resultados anteriores.
Entretanto, o pavão que tem andado a pavonear-se por aí com as penas de futuro primeiro-ministro, já baixou a crista: "as eleições não estão ganhas". Pois não e ainda bem, que para desgraça do país e em pouco tempo, já fizeste mais que baste.
Da dúvida ou da dívida ?
"Têm de me dar o benefício da dúvida" (Pedro Passos Coelho)
Como já disse, a Passos Coelho e ao PSD não passo nem um cheque preenchido e trancado, quanto mais um cheque em branco. Bastaria, se outras razões não houvesse, toda a recente actuação de Passos Coelho e do PSD, ao rejeitarem a aprovação do PEC, lançando o país na situação aflitiva em que se encontra, só para colher dividendos partidários, para Passos Coelho não ter a mínima hipótese de obter, da minha parte, o benefício da dúvida. Para o compensar dou-lhe todo (ou quase) o benefício da dívida.
Como já disse, a Passos Coelho e ao PSD não passo nem um cheque preenchido e trancado, quanto mais um cheque em branco. Bastaria, se outras razões não houvesse, toda a recente actuação de Passos Coelho e do PSD, ao rejeitarem a aprovação do PEC, lançando o país na situação aflitiva em que se encontra, só para colher dividendos partidários, para Passos Coelho não ter a mínima hipótese de obter, da minha parte, o benefício da dúvida. Para o compensar dou-lhe todo (ou quase) o benefício da dívida.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Sem tempo para oxidar
José Vitor Malheiros, em artigo intitulado "Os cinco pilares da discrição" hoje vindo a lume no "Público" (edição impressa), a dado passo, escreve:
"(...) na semana passada, o conselho nacional do PSD lá levantou a ponta do véu, com a publicação dos cinco pilares da acção de um futuro executivo PSD. O problema é que os cinco pilares, apesar dos capitéis decorados com uma retórica contra "o actual paradigma estatizante", são mais vagos que as brumas de Avalon.
Porque é que o PSD não foi mais claro ? Mais concreto ? Porque é que não consegue dizer o que fará no Governo ? Não fará a mínima ideia ? (...)
Seria de esperar que a demissão do Governo encontrasse o PSD com os motores já aquecidos, programa feito e Governo-sombra na calha, para tentar conquistar a confiança do povo. Mas eis que lhe salta o colchão de dentro do toucado. O PSD não quer que se saiba por onde vai andar a mão invisível e prefere apostar nesta "democracia discreta", reduzindo a exposição pública das suas propostas, não se vão oxidar.(...)"
Boa malha, acho eu, esta referência ao perigo de oxidação! Mesmo assim, vejo-me constrangido a discordar de José Vitor Malheiros, neste ponto! De facto, a tese da oxidação não colhe. É que, em boa verdade, o PSD tem sido tão veloz em dar o dito por não dito, nos raros casos em que tomou posição (veja-se o aumento de impostos, ou a participação na golpada sobre a avaliação de professores) que o mais certo é que, se o PSD se desse ao trabalho de apresentar um programa de Governo, as suas propostas não conseguiriam sequer iniciar o processo de oxidação.
Ora sim, ora não, ora nim
Passos Coelho, em Bruxelas, logo após a aprovação das moções de rejeição do PEC, sob as críticas dos seus pares do PPE, avançou com a proposta de aumentar o IVA que passaria para 24 ou 25%, segundo os esclarecimentos de Miguel Relvas.
Perante a contestação da ideia, mesmo intra muros, Passos Coelho volta atrás e o aumento do IVA e, em geral, o aumento de impostos deixou de ser a solução.
Agora, Passos Coelho já não aumenta, nem deixa de aumentar. Prefere mexer.
Excelente ideia e clareza exemplar. Direi mesmo: é (de) lapidar !
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Sopa de urtigas
Parece que o PCP está na disposição de formar com o Bloco de Esquerda um "governo patriótico e de esquerda”, após as eleições.
Digo "parece", porque o que se tem visto até agora é que tais partidos estão muito mais "calhados" a desfazer governos, a pedido dos partidos da direita, do que a fazê-los. Ainda assim há que saudar esta nova disposição, pois sempre ficamos com mais uma alternativa. Não será tão sólida, nem tão abrangente, quanto a solução PSD+CDS+FMI (que conta com o "alto" patrocínio do PR e que dizem por aí já estar em funcionamento) mas lá que se trata duma hipótese a considerar não há dúvida. Como dúvidas não restam de que estaremos perante o mais "patriótico" dos Governos possíveis, já que ambos se propõem resolver os problemas do país, só com "prata da casa", recusando qualquer ajuda externa, venha ela de Bruxelas, do FMI, ou seja lá donde for.
É verdade que, pelo que se tem visto, "a prata da casa" não abunda e corremos o risco de, acabando "a prata", se é que ainda a há, não haver pão para a boca, mas ainda assim não há que desesperar. Teremos sempre a solução da sopa de urtigas, quando se acabarem as beldroegas.
É verdade que, pelo que se tem visto, "a prata da casa" não abunda e corremos o risco de, acabando "a prata", se é que ainda a há, não haver pão para a boca, mas ainda assim não há que desesperar. Teremos sempre a solução da sopa de urtigas, quando se acabarem as beldroegas.
É produto que por cá não falta e diz quem já a provou que não é nada má.
É de ficar encavacado!
Então os "gajos" que com a aprovação de 5 moções de rejeição e com o silêncio de Cavaco, impediram que o Governo pudesse assumir os compromissos do PEC IV, não é que defendem agora, com a bênção do mesmo Cavaco, que, estando em gestão, o Governo já pode comprometer-se com tudo e ainda mais alguma coisa, incluindo negociação com o FMI!
Será que estão bons da cabeça?
Ou será que, mais simplesmente, não sabem como descalçar a bota, nem como desfazer a embrulhada em que nos meteram?
Ele há cada uma, que é de ficar encavacado!
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