sexta-feira, 3 de junho de 2011

"Justiça poética"

Perante o resultado anunciado pelas últimas sondagens que antecipam uma vitória do PSD nas eleições do próximo domingo, se me chamasse Vasco Graça Moura, António Nogueira Leite, Alberto João Jardim, ou Diogo Leite de Campos (para só citar alguns membros da "elite" que se pavoneia pela arena do PSD e que tem por hábito tratar o "povo" com sobranceria) eu diria que o povo é "estúpido", já que estará a preparar-se para aceitar que lhe apertem o cinto muito para além do exigido pelo acordo com a "troyka"  FMI/UE/BCE, apenas porque assim o entende o PSD, em nome da agenda ultra-liberal adoptada pela sua actual liderança. Como não uso nenhum desses nomes, nem faço parte de tal elite, estou mais inclinado a considerar que o povo se prepara para fazer justiça. Uma justiça que eu diria poética, se não viesse a revelar-se trágica, como estou ciente que vai ser.
Justiça, em todo o caso, pois é mais que justo que, como castigo, se encarregue o PSD de governar o país, sob as ordens do FMI, já que foi o PSD o partido que mais se empenhou na sua vinda e que se fartou de clamar por ela, ansioso que estava pelo "encosto" que o FMI lhe poderia proporcionar.
O encosto, porém, não lhe vai servir de grande consolação, e o "castigo" é mais que certo.
A confirmar-se a vitória do PSD, os laranjinhas vão lamber o "pote", sim senhor, mas desconfio que o mel do pote lhes vai saber a amargo. Que se apressem a lambê-lo, porque, ou muito me engano, ou a lambidela não vai durar muito.

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