O Governo do senhor Passos Coelho recebe, afinal, uma bela herança, em termos de execução orçamental. Não tem, pois, o senhor Passos Coelho nem razão de queixa, nem motivo para remeter para o que lhe foi legado pelo Governo anterior, qualquer eventual falhanço do seu próprio Governo. E, cela va sans dire, muito menos tem razão para ter andado a fazer figuras tristes ao pôr em dúvida a transparência das contas públicas, cá dentro e lá fora, contribuindo para o descrédito do país. Se vier a falhar, não tem mais que fazer senão queixar-se de si próprio.
Agrada-me sobremaneira que assim seja. Até porque fica assim claro que a queda do Governo do PS ficou a dever-se apenas e só à ânsia do senhor Passos Coelho em chegar ao "pote". Não me parece que, ao provocar novas eleições, tenha prestado um bom serviço ao país. Os eleitores, um dia, hão-de dar-se conta disso. Espero.
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