Não há dúvida que o Álvaro (é assim que o novo ministro da Economia etc. gosta de ser tratado) teve uma entrada em grande. Na inauguração da Feira Internacional de Artesanato, o Álvaro não quis ou não soube esclarecer quais as medidas que o Governo pretende antecipar, quer no plano das reformas estruturais, quer no âmbito das privatizações. E também se recusou a adiantar qualquer pormenor sobre a reorganização do seu ministério.
Sobre tudo isso, diz o novel ministro, a seu tempo falará, mas para já, segundo ele, "todos sabemos que vêm aí tempos difíceis, mas também é óbvio que há uma nova maneira de conseguirmos dar a volta e eu acho que todos nós, apesar de conscientes das dificuldades, percebemos que há uma nova esperança em Portugal".
Essa nova esperança baseia-se, sem dúvida, na política que, à falta de melhor, poderemos designar por "política da bandeirinha". É esta, por certo, a forma mais adequada para traduzir a política do Álvaro a quem, de original, apenas se ouviu repetir a frase "Falta [aqui] uma bandeirinha portuguesa para mostrarmos que é um produto português e um produto de muita qualidade, senão pensam que não é português".
Temos ministro, ou não temos ? Quanto a mim, temos e até me atrevo a antecipar a designação pela qual vai passar a ser conhecido: Álvaro, o "ministro das bandeirinhas".
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