sábado, 25 de junho de 2011

"Show off"

Não há dúvida que o senhor Passos Coelho é um verdadeiro "mestre" do show off. A notícia posta a circular (certamente por alguém do seu gabinete) de que Passos Coelho teria viajado em classe económica para Bruxelas para participar no Conselho Europeu é  prova disso. O anúncio caiu muito bem, como era de esperar, porque o populismo e o "show off" servem lindamente para enganar tolos. Mas nem sempre resultam. Como foi agora o caso, ao ficar a saber-se que o senhor Passos Coelho, com a opção pela classe económica, não poupou dinheiro ao Estado, visto que os membros do Governo viajam de borla na TAP.
Mais uma prova de que o senhor Passos Coelho nem as pensa.

7 comentários:

Anónimo disse...

Ler devagarinho: "mas liberta lugares na TAP em classe executiva, onde o preço dos bilhetes é muito superior, podendo por esta via permitir que nalguns casos a empresa venda bilhetes nesta classe que de outro modo estariam indisponíveis."

Francisco Clamote disse...

Mais devagarinho ainda: ainda que não seja passageiro frequente, parece-me que na classe executiva não há falta de lugares disponíveis, porque, pelo que me tem sido dado ver, vai frequentemente, às moscas.

Anónimo disse...

Foram trocados 4 bilhetes. 4. Que culpa tem o PPC que a classe executiva não encha? E há aqui um forte sinal simbólico. Se não poupou dinheiro directamente... pelo menos os portugueses viram que abdica de algum conforto... para dar o exemplo!

Francisco Clamote disse...

Fique na sua que eu fico na minha: neste caso, estamos apenas perante um caso de "show off". Se PPC quer prescindir de conforto pode também passar a usar a classe económica nas viagens de longo curso.E, por mim, pode não se ficar por aqui. Tem muito onde pode cortar em matéria de ostentação. Por exemplo na frota automóvel. Se isso lhe agradar, até pode andar de vespa como o ministro Pedro Mota Soares. Para mim esses gestos não têm o menor significado. Ou antes têm: são pura hipocrisia.

Anónimo disse...

Uma vez que a TAP é uma empresa pública, o impacto nos cofres do Estado em termos de poupança inerente ao acto de pagar ou não pagar bilhete é sempre inexistente, uma vez que o dinheiro que sai do orçamento do Governo ("cofres do Estado") entra para a conta da TAP ("cofres do Estado").

A diferença em usar classe económica ou executiva manifesta-se sim quando, ocupando lugares em classe económica em vez de executiva, a TAP pode vender os bilhetes que ficam na classe executiva e que são mais lucrativos do que os da classe económica, daí permitindo um aumento das receitas da TAP, e consequente poupança dos "cofres do Estado" nos gastos com a TAP, já que esta actualmente dá prejuízo.

Anónimo disse...

Por acaso também já há notícias de que se irá cortar na frota automóvel... :)

Francisco Clamote disse...

Caros anónimos:
Recomendo uma visita a http://daliteratura.blogspot.com/ e talvez fiquemos todos esclarecidos sobre a "excelente" decisão de PPC.