O "ave de rapina", mais conhecido por "astrólogo" Gaspar, e também por ministro das Finanças acha que a emissão de dívida pública a 10 anos, que hoje teve lugar, foi um "enorme sucesso".
Ora, não fossem as "condicionantes externas", a que este governo tão amiúde faz apelo para esconder as suas responsabilidades pelo desastre a que conduziu o país e outro galo cantaria.
Como bem lembra a agência de notação financeira Moody’s :“Esta operação reflecte a procura dos investidores por elevadas rendibilidades, assim como a sua crescente confiança na determinação da Europa em manter vivo o projecto europeu e a zona euro intacta."
Nenhuma das razões invocadas, e muito justamente, pela Moody's tem a ver com a actuação do governo, como é mais que evidente e, por isso, nenhum mérito lhe cabe.
Sobre as rendibilidades elevadas fica tudo dito se recordarmos que Portugal vai pagar juros à taxa de 5,669%, quando a Alemanha se financia, a prazo idêntico, a juros negativos (-0,4%) o que se traduz num diferencial entre as taxas de juro pagas por Portugal e pela Alemanha, superior a 6%. Isto evidencia claramente que, apesar de os investidores já contarem com a possibilidade de intervenção do BCE nos mercados secundários, ainda assim atribuem à dívida soberana portuguesa um risco muitíssimo elevado.
Não é, por isso, muito difícil deduzir que, se não fosse a confiança derivada da possibilidade de intervenção do BCE na compra de dívida soberana, o ministro Gaspar poderia, de facto, ter ido aos mercados, mas vestido de pedinte e a pedir esmola.
Não é, por isso, muito difícil deduzir que, se não fosse a confiança derivada da possibilidade de intervenção do BCE na compra de dívida soberana, o ministro Gaspar poderia, de facto, ter ido aos mercados, mas vestido de pedinte e a pedir esmola.
Quando a economia portuguesa recuperar, o desemprego baixar e a pobreza diminuir, Gaspar poderá falar de sucesso. Enquanto tal não acontecer, o melhor que Gaspar tem a fazer é meter a viola no saco não vá alguém, sentindo-se insultado, lembrar-se de lhe enfiar a viola pela cabeça abaixo.
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