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A proposta [da Comissão de Reforma do IRC] não se autofinancia, e custa mais de 1.000 milhões de euros. Uma maior dedutibilidade dos gastos admissíveis estreita a base fiscal e, com uma redução da taxa que atinge os 12,5 pontos percentuais, é difícil que a receita fiscal aumente. Mais do que estimular a economia, esta proposta apenas reduz os impostos sobre o capital já instalado. A haver margem orçamental, seria mais eficiente financiar um programa plurianual de reforço do crédito fiscal ao investimento e do investimento público. Obter-se-iam maiores ganhos em termos de investimento e de emprego. A proposta de aumentar a tributação no IRS dos rendimentos de capital não compensará a sua redução em sede de IRC porque as sociedades não distribuem todos os lucros. Para além disso, desincentiva a poupança dos accionistas, reduzindo os recursos para investir no futuro. A avançar, os 1.000 milhões de euros em falta serão obtidos com mais cortes nas prestações sociais e na função pública e ou com mais impostos, o que agravará a desigualdade de rendimento."
(Alfredo Marvão Pereira e Pedro G. Rodrigues; "Um 'scorecard' para a proposta de reforma do IRC" . Na íntegra: aqui.)
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2 comentários:
O Portas vai engolir esta TSU e confirmar a sabedoria popular:
Toda a gente come m...., a questão é saber-lha dar
A propósito do “Vira o disco e toca o mesmo” envio um verso de “Rodela”, nosso poeta popular, que escreveu sobre a situação de Freamunde, que se pode comparar ao descrito no seu texto.
"Vira o disco e toca o mesmo"
Esta terra já não tem
nem sequer água na Praça!...
Temos que arranjar um trem
p´ra correr com esta raça.
Eu não sei se é por capricho
ou por não saber mandar,
mas p´ra nós é só lixo
que nos quer aqui deixar.
Vêm aí as eleições
e esses ditos pimpões
já andam aí de novo
Com a saca das esmolas
p´ra nos comer por anjolas...
não vás em tretas meu povo!
Versos autoria: Rodela
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