A afirmação de Maria Luís Albuquerque de que «Portugal poderá vir a seguir os passos da Irlanda e sair do seu programa de ajuda externa sem recorrer à protecção europeia de um programa "cautelar"» é, pelo menos, tão incrível quanto o facto de ela ser ministra das Finanças. De facto, se há assunto sobre o qual, nem o próprio governo, tem dúvidas, para já não falar das instituições internacionais e dos economistas de vária proveniência que se têm debruçado sobre o tema, é o de que Portugal não conseguirá financiar-se nos "mercados", em condições normais, ou seja, sem uma qualquer forma de ajuda por parte dos parceiros europeus.
A afirmação da ministra só é compreensível, e tão só do ponto de vista lógico, se se admitir que pode ter passado pela cabeça da incrível ministra a ideia de que o recorrer ou não recorrer a um qualquer mecanismo de protecção é algo que depende apenas da vontade do freguês, ou seja, no caso, da vontade dela.
Ideia absurda, como é evidente, mas quem sabe o que pode passar pela cabeça de alguém tão incrível como ela?
2 comentários:
Pelo que acabei de ouvir, o Passos também já está na mesma onda.
Amanhã vais ao almoço da Confraria do Bucho do Sabugal, Francisco?
Não, Carlos. Amanhã estarei sim no Sabugal, mas por outras razões.
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