Em artigo de opinião publicado no Económico. intitulado "Veneno disfarçado de remédio", João Dias não podia usar de maior clareza: "Se Portugal fosse confrontado hoje com a turbulência dos mercados de 2011 estaria a negociar outro resgate." E justifica a afirmação com não menor rigor, pois, de facto, é como diz: «nem a doença (dívida) foi vencida, nem o doente (economia) tem mais defesas. Apenas o ambiente (mercados) se tornou menos infeccioso. Passos e Portas vendem-nos um veneno (austeridade de "cofres cheios" de dívida) disfarçado de remédio ("o maior e mais ambicioso programa de reformas das últimas décadas").»
O quadro traçado, ainda que baseado nos dados disponibilizados pelas entidades nacionais competentes (BdP e INE) e pelas autoridades internacionais (UE, OCDE e FMI) contraria frontalmente a narrativa posta a correr por Passos Coelho e pelo resto da pandilha que com ele faz coro.
Sabendo-se o que a casa gasta, não é de excluir que o discurso de Passos Coelho centrado em negar a evidência, tenha origem na sua inegável propensão para a aldrabice. Admito, porém, que, a par desta, possa existir uma outra justificação. Sabendo-se que Passos Coelho andou a tentar "fazer" de médico, quando nem sequer tem condições para ser curandeiro, provavelmente confundiu remédios com banha da cobra e o resultado é o que está à vista.
Ora, digam-me lá qual é o curandeiro que admite que errou? Por que motivo é que o curandeiro Passos havia de ser excepção?
(Imagem daqui)
(Imagem daqui)
1 comentário:
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~~~ Que ninguém se canse
~ de desmascarar as falácias
~~~~~~ do embusteiro,
~~ investido como primeiro...
~~~~~~~~~~ (; )) ~~~~~~~~~~
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