quinta-feira, 14 de maio de 2015

Um país em cacos

Passos Coelho, dizem as notícias, comparou a acção do seu governo a um processo de cura
Que o  pretenso "médico" tenha tido a intenção de debelar a doença até posso admitir.  O que não é, de todo, aceitável é que, contra a verdade dos factos, se diga que a doença foi curada.  Basta atentar em dois ou três indicadores para demonstrar que a pretensa cura não passa de mais uma das falácia de que Coelho tanto usa e abusa:
A dívida pública não diminuiu, como era suposto. Pelo contrário, cresceu a um ritmo nunca antes visto, sendo actualmente superior a 130% do PIB (números do Banco de Portugal);
O desemprego cresceu e alcançou números sem precedentes, atingindo mais duramente as gerações mais jovens;
Centenas de milhares de portugueses, sobretudo jovens, foram forçados a emigrar (num movimento que só tem paralelo nos anos 60/70 do século passado, durante a ditadura) e emigrados continuam, pois o país vítima do tratamento infligido pelo governo do senhor Coelho continua sem condições para os receber de volta;
O PIB decresceu; o país e os portugueses empobreceram; as desigualdades aumentaram.
Tirando a descida nas taxas de juro, por mérito exclusivo das medidas do BCE, não há um sector da vida nacional que não esteja em pior situação do que a verificada aquando da tomada de posse deste governo. Tal facto é particularmente evidente nos sectores da Saúde, Educação e Ciência, mas não há nenhum que não tenha sido afectado.
Compreende-se a razão: Passos Coelho entendeu, na base de umas quantas teorias digeridas mal e à pressa. que a melhor terapêutica era travar a fundo. Usando um óleo para travões adulterado, as travagens deram o resultado que era de esperar: um desastre, com um país feito em cacos. Não invejo a sorte de quem tiver que os juntar. 
(imagem daqui)

4 comentários:

Majo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elvira Carvalho disse...

A cura de Passos é areia para os olhos dos eleitores. Oxalá eles (os eleitores) consigam livrar-se dela.
Um abraço

Majo disse...

~~~
~ ~ A sanha destrutiva continua!

PP, o prepotente, não se preocupa minimamente em ponderar
a hipótese, dos seus atos prejudicarem-no em eleições;
tão convencido está da vitória.

Espertezas de leporídeos narcisistas ou soluções desesperadas.
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Anónimo disse...

Quem precisava de ser tratado era o Passos, mas todos pensam que ele está no seu perfeito juízo...