quinta-feira, 10 de setembro de 2015

"Passos puxou pelo fantasma e saiu-lhe Costa"

«(...)Portugal precisa de ser governado e ontem havia dois homens que tentavam convencer os portugueses de que podem ser o próximo primeiro-ministro. E acontece que esses dois eram, são, os únicos que o podem ser. E acontece, ainda, que ontem foi o único dia que os dois tinham para se combater - dando a cara e as ideias. Alguém a intrometer-se estaria sempre a mais. Os portugueses só precisavam de que as televisões lhes dessem câmaras, luzes e microfones para que o duelo lhes chegasse a casa. A haver alguém a mais só seria necessário quem soubesse como funciona um relógio, para repartir o tempo a meio. Mais nada. Ontem, porém, meteram no estúdio três jornalistas que cumpriram a mesma função intrusiva e desnecessária dos pés de microfone que, nos corredores, pedem a opinião daqueles que, um minuto antes, estiveram no estúdio a dizer o que queriam. Com um agravante: os três de ontem, porque importunavam, não deixaram que se visse, como completamente devia ter sido visto, a coça que Passos Coelho levou. Primeiro, de si próprio, porque medíocre. Segundo, de si próprio, porque sonso (inventando um adversário que não o que tinha à frente). E, terceiro, de si próprio, porque manifestamente inferior a António Costa.»
(Ferreira Fernandes. Na íntegra aqui. Destaque meu)

4 comentários:

Majo disse...

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~ O título está interessante.
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~ Deixei de apreciar FF, desde que atacou miseravelmente
Sócrates, há um ano, a partir de notícias que pretenderam
imaginar um interrogatório a JS...

Anónimo disse...

Chicamigo

Conheço o Ferreira Fernandes des Angola; e para mim é o supra sumo dos cronistas portugueses. Havia o Manuel Pina, mas infelizmente finou-se.

Abç do Leãozão

Francisco Clamote disse...

Não me recordo, Majo, desse ataque a Sócrates. Independentemente das opiniões que ele emite, com as quais posso concordar ou não, tenho de teconhecer que ele, tal como escreve os Henrique, é um cronista de excepção.

Majo disse...

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~ Não pus em causa as suas qualidades de cronista,
mas sim, o seu carácter.

~ Na «net», DN - Opinião, Ferreira Fernandes/Sócrates, 9/0/3914.
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