sábado, 5 de setembro de 2015

Um Governo que não é sério

"Um Governo que, quatro anos depois de tomar posse, apresenta défices na ordem dos 7,3 e 5,4% não sabe fazer contas. A redução do défice face a 2011 é de 0,1%. Ao contrário do que diz o primeiro-ministro, a despesa da administração central subiu no primeiro semestre 2,7% e os impostos sobem porque não são feitos os reembolsos. Assim, com o dinheiro dos outros, é fácil. Mas não é sério".
(...)
"Depois de quatro anos de ataque à segurança social, que continua no programa de estabilidade com os 600 milhões de euros de corte nas pensões, e no programa eleitoral com o plafonamento e a descapitalização da segurança social, é natural que a coligação não perceba o que é respeitar os compromissos com os portugueses"
(...)
"O PS tem um conjunto de medidas que promovem o emprego, ao mesmo tempo que garantem a sustentabilidade da Segurança Social, fazendo crescer os salários e as receitas da Segurança Social através de fontes de receita adicionais que estão todas identificadas no programa eleitoral".
(...)
"A doutora Maria Luís Albuquerque não leu os documentos mas comentou. Se o doutor Montenegro e o doutor Mota Soares leram, ainda não sabemos, mas não perceberam. O respeito do programa eleitoral do PS pelos portugueses está acima destas intervenções pueris"
(Mário Centeno)

4 comentários:

Anónimo disse...

o ponto não é esse.

o figurino é claro: não apresentar nada, não dizer nada de seu. como é que se pode criticar o que não se diz?

não dá entrevistas? também na alemanha foi assim, com os andrés macedos a queixarem-se que ela não abria a boca. mas aparece na VIP a dizer que conta tostões, tem mulher doente e pai velho. Quantos exemplares vende a VIP? compare com o Público. e quem compra também vota.

do outro lado, o challenger, para ser visto e ouvido tem de dizer isto ou aquilo. de imediato é bombardeado e sempre com cães à fila. Corre o país, de norte a sul. e o actual? não se sabe. Foi a viseu, ambiente preparado, correu bem. foi a campo maior, foi assobiado, ninguém falou. mas aparece à mesma e até mais na tv.

é esta a assimetria. dum lado uma nuvem, do outro um alvo.

o exemplo de que eles tanto gostam é david cameron. lá houve a escócia - cá é a grécia. Há uma diferença de monta: lá a questão escocesa é nacional. cá a grécia é artificial. não é o ideal mas é o que há.

depois há economia. lá com um crescimento excelente. cá com uma erva rasa. é o que há mas dá para o festim noticioso. se há festa só o bolso de cada um pode dizer. duvido que seja o caso da maioria mas anda por aí muito popó de boa marca 2014 e 2015 e os jornalistas cantam como se o crescimento fosse de cinco por cento. O INE publicou um dado desagradável? desaparece. Subiu uma décima? demos a volta!

certo, certo mesmo é que a campanha da coligação é muito eficaz - e até parece que está quieta. é aliás esse o segredo. o ps que se mexa; assim fica mais fácil o ataque. e se não se mexer também fica lixado pois não faz oposição. se juntar a isto sócrates...

Francisco Clamote disse...

Excelente análise. A sua. Cumprimentos.

Anónimo disse...

Há outros iscos nos quais a esquerda teima em ser apanhada:
A questão do novo banco, confirmada que está a mentira do Governo, aguardemos pelas falácias de fim de setembro, corroboradas pelo BdP e pelo Governador;
Relacionada com esta, não nos esqueçamos que o Novo Banco não será nunca o único motivo para que não se cumpra o deficit. Será mais um sacudir do capote.
Dívida aumentou, deficit muito para lá do compromisso, emprego ao nível de 1995! (dêem as voltas que quiserem, o desemprego não diminuiu, é só acabarem os estágios a 31 de outubro que as estatísticas farão fé disso mesmo).
Nada resultou, mas as experiências custaram a miséria e o sofrimento a muitas centenas de milhares de portugueses. É preciso dizê-lo.
É preciso dizer que a Maternidade Alfredo da Costa está-lhes atravessada;
Que o Ensino Público vai piorar;
Que a saúde (e o ensino) ficarão, numa primeira fase, mais caros no público do que no privado. Mas que assim for destruído o SNS e o Ensino Público, a fatura será muito elevada para a esmagadora maioria dos portugueses.
É preciso passar a mensagem que o Pavilhão Atlântico pertence ao genro do Cavaco (privatizado por este Governo); Que o Oceanário foi concessionado a um dos mais visíveis apoiantes deste Governo; Que o objetivo deste governo de direita extrema é, sem dúvida, "ir ao pote".

Francisco Clamote disse...

Obrigado, amigo, pela colaboração. Suponho que não se importará que leve o comentário para a 1ª página do blogue.