quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Crespo & Cª

A palavra a quem sabe:
(...)
"O escabroso espectáculo no Parlamento, fornecido por Mário Crespo, José Manuel Fernandes e Felícia Cabrita, tidos como apreciáveis jornalistas (enfim: a estimativa não é generalizada, bem pelo contrário) desacreditou, ainda mais, o já azarento ambiente em que vive a Imprensa. Todos eles atingiram o grau mais elevado do grotesco, ao mesmo tempo que demonstraram quão frágeis e esburacados foram os seus argumentos. Afinal, existe mesmo liberdade de expressão e de informação, e esta sofre as mesmas ameaças e perigos existentes nas sociedades modernas. A vitimização pode ser sedutora, mas resulta sempre numa transparência que os factos tornam obrigatória.
A presença dos três sujeitos chegou a ser aflitiva por declaradamente arrogante, e apenas revelou o verdete que alimentam por José Sócrates. É pouco. É nada. O ódio não se confessa, mas nota-se, e marca o desejo inconsciente de destruir do outro."
(...)
Batista-Bastos 
(Na íntegra aqui)

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu não sei se este articulista é um dos que vive numa casa da Câmara Municipal de Lisboa com uma renda de favor ou coisa que o valha em detrimento do erário público ou municipal e de outros eventuais e mais carrenciados. Esta situação se for verdadeira não confere ao autor grande independência, acho eu, para se dizer "... a quem sabe"!

Vem isto a propósito da liberdade de imprensa ou falta dela.

Eu não duvido da veracidade das declarações de Henrique Monteiro do Expresso que testemunhou, na AR, tê-lo, Sócrates, pressionado durante um telefonema de cerca de 1 hora para não publicar algo.

Crespo pode ter muitos defeitos e terá, eu tb teria recusado a publicação do artigo dele com o fundamento estricto com que o foi, mas isso não lhe retira razão quanto ao despautério de UM PRIMEIRO ministro dizer alto e bom som onde e quando e como o fez dizendo algo de (des)agradável sobre ele, isto revela falta de "POSTURA" ou coisa parecida.

Concluindo, não há falta de liberdade de imprensa ou de expressão em Portugal, mas que há tentativas sérias para a amordaçar ou limitar, lá isso há.

Esta é a dimensão da questão política.
Aquilo que o seu post apresenta, com o devido respeito, considero ser um facto lateral ou uma desfocalização do caso.
Claro que há por ali alguma raiva, mas isso é normal em quem se sente atingido, como raiva há justificadamente com o sr. 1º a quem também o MP tem feito a vida negra com processos eternos e suspeitosos e que nunca mais acabam.
A justiça descredibilizou-se, já poucos ou ninguém liga.
Em vez de andarem com estes folhetinszinhos, deviam era comentar os casos, OS INÚMEROS casos de falta de justiça, de atrasos, de desrespeito pelos mais pequenos erigindo-os como casos extremos para serem debatidos e criar um movimento que arrase esta podridão e arrogância.
Só quando os grandes são atingidos pelo "sistema" é que se lembram de S. Gregório e de Santa Bárbara Virgem...
Estes, (não falo dos santos!) não merecem uma letra do que se escreve contra. Tiveram o poder na mão e desbarataram-no.
Olhe, isto já nem com revolução cultural lá vai, porque a "massa" anda, mais ou menos, inerte...
Com toda a estima.
Abílio Ferreira