terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

À viva força ...

Seja lá como for e dê por onde der, os jornais não permitem que o caso Freeport saia da ribalta. E, se não têm novos dados, provavelmente porque os não há, ou porque o/a "garganta funda" perdeu o pio, há que repetir insinuações e boatos até à exaustão, aproveitando qualquer pretexto. No caso do PUBLICO PT. é a entrevista concedida pelo Presidente da República ao Procurador-Geral da República que serve de Itálicopretexto para repisar o tema. A mesma entrevista serve para o "Correio da Manhã" se pôr a adivinhar e a fazer considerações sobre o assunto. Este mesmo jornal dá grande relevo à afirmação do "tio" segundo o qual o "primo" só se deslocará da China a Portugal, para ser inquirido, se lhe pagarem a viagem. Esta posição faz todo o sentido, pois se a Justiça está interessada no depoimento de alguém é mais que justo que suporte as despesas com a inquirição. Mas não é assim para os comentadores "on line" desta notícia, em relação à qual se tecem comentários tão próprios de atrasados mentais que até dá para desconfiar se a maioria dos comentadores do sítio fazem parte da espécie Homo sapiens sapiens.
Perante todo este forjar, à viva força, de notícias e de comentários, os senhores jornalistas continuam a afirmar que não há campanha. Sobre isso, não pode existir qualquer dúvida, tão evidente ela é. Se é negra ou suja, não sei, mas limpa é que não é, pois continuamos a assistir ao "vale tudo". E mais, é um dado objectivo que há orquestração entre gente ligada ao processo e a comunicação social. Espero que as investigações em curso, para além de chegarem a conclusões definitivas sobre a matéria investigada, cheguem também a conclusões sobre os urdidores da campanha. Eu sei que é pedir muito: Por isso, também as minhas esperanças não vão longe.

3 comentários:

Anónimo disse...

sim julgo que é pedir muito e será melhor não ter muitas esperanças. Bem diz Pedro Adão e Silva no texto qeu publicou - citação#29"Para quem opera a partir da Europa do Sul não há motivo de preocupação. A coligação entre aqueles que defendem o primado do Estado de direito é de tal modo frágil que, facilmente, serão derrotados pela sólida união entre péssimo jornalismo e investigação negligente". É uma conclusão triste, mas é talvez a mais ajuizada - a justiça é tardia e às vezes nem chega!

Anónimo disse...

O Anónimo das 17:43 se ler o comentário à citação #29 da autoria de F. Arruda, talvez mude de opinião.

Isto aqui está a caminho de um Estado de Direito.
Só lá Não chega ou não teremos um Estado de Direto se o Senhor Primeiro Ministro calar a imprensa ou a mandar calar.
Se se sente insultado e injuriado e difamado pelos jornais e TVs que lhes mova um processo judicial, isto significará que ainda estaremos num Estado de Direito ou que para lá caminhamos.

Mandar calá-los de outra forma é que pode significar não haver separação de poderes.

Tem o que merece, pois tendo tido um governo de maioria absoluta e com poder para ter feito muito, como bem lembrou o Senhor Francisco Arruda, se pouco ou nada fez, o problema é dele na qualidade de e como 1º Ministro.

Não agitem o espantalho da debilidade do estado de direito e do perigo de ele sossobrar perante tanta manha.
Manha existe, é verdade, mas manhosos também os há da outra banda e com cara e aura de santos.

Estão agora preocupados com a justiça devida ao senhor primeiro ministro?
E a justiça devida ?:
1.- a todos aqueles que esperam anos mais de 10 para receber uma indemnização de uma companhia de seguros por acidente de trabalho ou de viação enfiados num tugúrio a viver de uma esperança adiada?
Vejam os casos que vão aparecendo na TV.
2.- E esses mesmos desprotegidos que quando recebem umas indemnizações de valor miserável que não dão para nada, ditadas por doutas sentenças de tribunais e que quando diz respeito à vida humana, em uníssono, calculam o valor da vida humana em 50.000 Euros? E as companhias de Seguros sempre queixosas de que os prémios não chegam, e que distribuem dividendos ou apresentam lucros idênticos aos das suas congéneres estrangeiras cujos prémios são idênticos mas as indemnizações lá pagas bem mais elevadas?
3.- E todos aqueles cujas acções dos mais diversos matizes e a que não fogem as dos tribunais administrativos e fiscais e que andam anos e anos, não têm direitos e não sofrem?
4. Já viu como os tribunais administrativos em geral defendem o Estado? Já viu o Estado condenado por ter obrigado os proprietários a receber as rendas congeladas e a ter de suportar um ónus que a todos os portugueses competia arcar se é que existe um problema social em relação a alguns? Não.
Os espanhóis resolveram esse problema assim como outros países no pós guerra, mas aqui em Portugal não o resolveram e sabe porquê? Porque somos um povo eleito à beira mar plantado.

Querem mais exemplos de como somos diferentes e muito melhores???

Querem mais exemplos em como não há dinheiro para o essencial mas deitam pela borda fora e alegremente os nossos impostos em vaidades e outras jactâncias?
Este partido socialista?
O anterior social democrata?
Valha-nos DEUS, não Zeus porque Aquele a quem se apela tem mesmo que fazer algo por tamanha indiferença!

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente o conteúdo do autor do "blog", e com todo o respeito pela opinião do 2º anónimo comentador, lembro que o que disse em nada contraria esta posição.
O que acontece é que os comentários do mesmo anónimo serão objecto de avaliação pelo voto e não pela Justiça. E a crer nas sondagens, a posição respeitável do anónimo não terá o acolhimento que, com voz de juiz vem subscrever.
Zé Mário